Um gendarme argentino detido na Venezuela sob a acusação de terrorismo está há sete meses sem contato com advogados ou familiares, denunciou nesta segunda-feira sua mulher, María Alexandra Gómez.
A prisão de Nahuel Agustín Gallo ocorreu em 8 de dezembro, quando ele entrava na Venezuela pela fronteira terrestre com a Colômbia para se reunir com a mulher e o filho, denunciou, então, o governo argentino.
“Passaram-se sete meses e ainda não há nenhuma explicação, 218 dias sem um mandado de prisão, registros em nenhum tribunal, direito a advogado ou comunicação com a família”, publicou María Alexandra no X. “O desaparecimento forçado é um crime contra a humanidade.”
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou em dezembro que Gallo seria processado pelos crimes de terrorismo, conspiração e associação criminosa. Ele afirmou que o gendarme é investigado por vínculo com um grupo de pessoas que tentaram realizar “ações desestabilizadoras” na Venezuela.
O governo argentino chamou a prisão de “arbitrária” e “injustificada”, e o chanceler Gerardo Werthein afirmou que as acusações são “uma grande mentira”.
Os governos de Argentina e Venezuela romperam suas relações diplomáticas depois que o presidente Javier Milei não reconheceu a reeleição de Nicolás Maduro em julho de 2024, após uma denúncia de fraude feita pela oposição venezuelana.
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