Já falando como ministro do governo Michel Temer, Geddel Vieira Lima afirmou, após encontrar com Temer no gabinete da vice-presidência, que o governo de Dilma Rousseff está deixando “terra arrasada” nos ministérios, mas ponderou que é acertada a decisão da petista em não demitir inicialmente o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

“Deveria haver um pouco mais de patriotismo, o governo deveria facilitar, passar dados. O que está em jogo é o futuro do País”, disse.

Segundo Geddel, o futuro ministro da Fazenda do governo Temer já sinalizou que concorda com Tombini na fase considerada de transição. “Faz sentido. Sobretudo o Banco Central. A intenção do presidente não é fazer política de ocupação. O Meirelles já sinalizou (que tudo bem). A gente não quer sobressaltos, quer segurança e o mercado tranquilo”, disse.

Geddel afirmou ainda que é preciso que o governo Temer comece a trabalhar o quando antes “pois os problemas são graves e o Brasil tem pressa”.

O futuro ministro da secretaria de governo de Temer rechaçou a hipótese de Dilma retomar o cargo após o período de afastamento de 180 dias, após a decisão que deve ser ratificada nesta madrugada pelo Senado. “Vai ficar comprovado que houve crime de responsabilidade do ponto de vista legal”, disse, ressaltando que o governo do peemedebista vai convencer os brasileiros. “O governo Temer será de tal forma eficaz que a sociedade brasileira vai querer que ele continue”, disse.

Geddel não quis adiantar possíveis medidas da economia e disse que é uma recomendação de Temer que o assunto fique sob a responsabilidade de Meirelles. “Sobre economia fala o ministro Henrique Meirelles”, emendou.

De acordo com Geddel, a expectativa é que Temer seja notificado de que assumirá a Presidência da República por volta das 11 horas desta quinta-feira, 12, ainda no Palácio do Jaburu. E que por volta das 15 horas ele fale com a imprensa já no Palácio do Planalto.