TEL AVIV, 26 MAR (ANSA) – Pelo segundo dia consecutivo, dezenas de palestinos foram às ruas nesta quarta-feira (26), no norte da Faixa de Gaza para participar de um protesto contra a guerra com Israel e para pedir que o Hamas deixe o poder.
Os manifestantes queimaram pneus e gritaram “Fora Hamas” e “Pare a Guerra”, além de segurar cartazes como frases como “Nós nos recusamos a morrer” e “O sangue de nossos filhos não é barato”, principalmente no bairro de Shejaiya, na Cidade de Gaza.
O novo ato ocorre após mobilizações serem registradas no campo de refugiados de Jabalia e em Khan Yunis. Os protestos são uma rara demonstração contra o Hamas, que há anos reprime a dissidência no território.
Em resposta, o Hamas condenou, através das declarações de alguns membros responsáveis, as manifestações. Um dos principais membros do grupo, Sami Abu Zuhri, chamou os militantes de “megafones de Israel” e deu a entender que todos estavam traindo o povo palestino.
Já o alto funcionário Osama Hamdan acusou Israel de “iniciar os protestos”. Durante as manifestações, inclusive, os manifestantes insultaram Hamdan, criticando-o por apelar à “firmeza palestina” enquanto está no exterior.
As novas mobilizações são registradas no dia em que o Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico, revelou que pelo menos 830 pessoas foram mortas no território desde que Israel retomou os ataques em grande escala, em 18 de março.
Até o momento, o número total de mortos na guerra, deflagrada em 7 de outubro de 2023, é de 50.183, enquanto milhares de pessoas ficaram feridas. (ANSA).