Gaza enfrenta uma iminente catástrofe já que “restam 24 horas de água, eletricidade e combustível” na região, que se não receber ajuda humanitária, poderá “preparar as certidões de óbito”, disse Ahmed Al Mandhari, chefe regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira (16).

A ajuda humanitária e médica, principalmente da OMS, está atualmente bloqueada no Sinai egípcio, na fronteira com a Faixa de Gaza, devido à ausência de um acordo entre Israel e o Egito para a entrada do material no enclave.

No décimo dia de bombardeios israelenses, Gaza e seus 2,4 milhões de habitantes, metade deles crianças, enfrentam uma “verdadeira catástrofe”, alertou Mandhari, diretor da OMS para o Mediterrâneo Oriental, com sede no Cairo.

Com aproximadamente 2.750 mortos e quase 10.000 feridos, segundo as autoridades locais, todos estão “sobrecarregados”, acrescentou.

De norte a sul, “as reservas médicas estão praticamente vazias, ao ponto de que os profissionais de saúde podem começar a preparar as certidões de óbito dos pacientes”, afirmou o dirigente.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já havia declarado que o território palestino estaria “inabitável em 2020”, sobretudo pelo bloqueio israelense há mais de 15 anos.

Atualmente, este obstáculo se tornou um “cerco total” em resposta ao sangrento ataque do grupo islamita palestino Hamas, em 7 de outubro, ao sul de Israel, que desde então bombardeia a Faixa de Gaza de forma incessante.

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