Um gato dilacerou o braço da própria tutora, Luciana Nascimento, de 49 anos, e fez a família de “refém” após inúmeras agressões ocorridas na residência em que a mulher vive com as duas filhas na cidade de São Vicente (SP) – localizada no litoral do estado a cerca de 83 quilômetros da capital paulista.

Luciana declarou estar “em pânico” e sem saber o que fazer após as recentes ações do animal, apelidado de “Thor”, que foi adotado com dez dias de vida, mas desde o primeiro ano passou a fazer ataques. Segundo a mulher, atualmente, o pet está trancado em um cômodo e recebe comida e água pela janela após agressões contra a família. As informações foram divulgadas pelo “G1” nesta segunda-feira, 5.

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Em entrevista, a mulher relatou que o animal foi adotado em 2017 após uma amiga, que era protetora de animais, oferecer o filhote de uma terceira pessoa. O primeiro ataque ocorreu durante a Copa do Mundo de 2018. A família acredita que o barulho tenha assustado o gato que, até então, não havia apresentado comportamento agressivo.

Posteriormente, houve três ataques a faxineiras e a Luciana enquanto cloro era utilizado para limpar a casa. Apesar de a tutora interromper o uso do produto, os incidentes passaram a ser súbitos e sem qualquer razão.

Em contato com veterinários, foi recomendado que uma fêmea também fosse adotada. Por isso, Luciana adquiriu Nina, de quatro anos, mas foi necessário separar os animais, já que Thor também atacava a gata.

Na agressão mais recente, o animal se agarrou a Luciana e dilacerou seu braço. A moradora de São Vicente relatou que “quase desmaiou” com o ocorrido. Depois disso, a família resolveu colocá-lo no maior quarto da casa, que não tem acesso a outros cômodos, mas, por dó, optaram por soltar o espécime, que tentou atacar outra vez.

A família conseguiu se esconder e, atualmente, o animal está trancado na área de serviço da residência. Mãe e filhas contaram que colocam caixas de areia no local e fornecem comida e água a Thor por uma janela, enquanto procuram uma forma de resolver a situação.

De acordo com Luciana, o gato passou por consultas com veterinários e médicos sugeriram tratamento de Reiki – uma terapia com origem na medicina tradicional oriental – e até mesmo a eutanásia, procedimento em que o animal é morto.

Apesar disso, a mulher não quer “se desfazer” do pet, que ela diz amar. “Nosso convívio é de sete anos. Estou totalmente abalada física e emocionalmente”, pontuou Luciana, que ainda tem esperança na mudança de comportamento do gato. “Nunca encostamos um dedo nele que não seja para carinho”, contou.