12/05/2020 - 18:07
Nos três primeiros meses deste ano, os gastos sigilosos com cartões da Presidência da República são os maiores em relação ao mesmo período desde 2013, conforme divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo no último fim de semana.
Para se ter uma ideia, os cartões são usados para despesas do presidente e de seus parentes como: viagens nacionais e internacionais, combustível de veículos oficiais, gastos do Palácio da Alvorada, alimentação, bebida e recepções.
Ao todo, as despesas somaram mais de R$ 6,2 milhões entre janeiro e março deste ano, o que supera os mais de 2,5 milhões no mesmo período do último ano.
Os números são relativos a Secretaria de Administração da Presidência, ao Gabinete de Segurança Institucional e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Apesar do montante, as despesas não foram detalhadas, tão pouco foi revelado com o que foi gasto.
Justificativa para o aumento nos gastos
Em sua rede social, o presidente Jair Bolsonaro publicou na última segunda-feira (11) que o aumento nas despesas também aconteceu por causa dos aviões vinculados à Presidência, os quais foram enviados para Wuhan, na China, para repatriar brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus.
Segundo o presidente, o custo foi de R$ 740 mil. O dado foi confirmado pelo Ministério da Defesa.
Bolsonaro disse ainda em seu post que, os gastos seguem abaixo da média dos anos anteriores, descontado as despesas extraordinárias.
Apesar da afirmação do presidente, com as despesas descontadas da repatriação dos brasileiros, o total fica em torno de R$ 5,4 milhões, ou seja, ainda lidera o ranking dos últimos oito anos.
Até então, o ano com o maior gasto nos três primeiros meses foi em 2014, durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Foram cerca de 4,7 milhões no período daquele ano, de acordo com dados do Portal da Transparência.