Gasoduto russo pode ter sido alvo de bombas instaladas por robôs

ROMA, 1 OUT (ANSA) – As bombas que causaram quatro vazamentos no gasoduto Nord Stream 1 e 2, a cerca de 80 metros de profundidade nas zonas econômicas exclusivas da Suécia e Dinamarca, podem ter sido instaladas pelos robôs de manutenção que operam dentro da estrutura durante os trabalhos de reparo.   

A informação foi divulgada neste sábado(1°) pelo jornal britânico “The Guardian”, citando análises de especialistas.   

“Se essa teoria estiver correta, a natureza sofisticada do ataque e o poder da explosão aumentariam as suspeitas de que os ataques foram realizados por um poder estatal, com o dedo apontando para a Rússia”, diz o texto.   

Fontes de inteligência citadas pela revista alemã Spiegel acreditam que os oleodutos da Suécia e da Dinamarca foram atingidos em quatro locais por explosões com 500 quilos de TNT, o equivalente ao poder explosivo de uma bomba de avião.   

Investigadores alemães fizeram leituras sísmicas para calcular a força das explosões. E, segundo disseram à mídia local, mergulhadores ou robôs controlados remotamente podem visitar os locais de vazamento já neste fim de semana para detalhar a situação.   

De acordo com a Agência Finlandesa do Meio Ambiente (Syke), a bacia dinamarquesa de Bornholm, onde o primeiro vazamento do oleoduto Nord Stream foi detectado na segunda-feira, é o mais importante aterro de armas químicas no Mar Báltico.   

Em nota, a Syke ressaltou que “o efeito dos vazamentos de gás nas armas químicas provavelmente será mínimo, pois eles estão enterrados a vários quilômetros de distância, mas os efeitos ainda são incertos”.   

A agência disse que continuará investigando o assunto junto com o Instituto do Tratado de Proibição de Armas Químicas da Universidade de Helsinque.   

A Rússia nega ser responsável pelas explosões e fontes de inteligência de Moscou alegaram na última sexta-feira ter supostas provas que apontam a participação do Ocidente na sabotagem. (ANSA).