Um parente dos dois brasileiros que morreram neste sábado em Portugal, após caírem em uma fossa usada para criação de porcos, afirmou que o fosso continha esterco e emitia gases. O empresário Rui Duarte Cordeiro, de 50 anos, e o filho dele, Gonçalo Pereira Duarte, de 30 anos, tentaram ajudar um funcionário da fazenda que havia caído na fossa, e também morreu.

Segundo Fabrício Jader de Souza, de 41 anos, que foi para Portugal dar suporte para a irmã, esposa do empresário, todos estão muito abalados. As informações são do G1.

“A família está muito mal e está muito difícil para todos. Ainda não conseguimos acreditar e entender essa tragédia”, disse.

De acordo com Fabrício, o cunhado dele tinha “consciência dos riscos” e mesmo assim “não hesitou para salvar o funcionário”. “O funcionário estava perto do fosso, que contém esterco de porco e emite gases, quando acabou caindo e desmaiando lá dentro. É um fosso de mais ou menos oito metros e tinha cerca de cinco metros de esterco líquido”, explicou o cunhado de Rui Duarte.

O acidente aconteceu após um funcionário da fazenda, que realizava a limpeza na fossa de dejetos, cair no local. Rui e os dois filhos, Gonçalo e Rafael, foram tentar ajudar o funcionário e também caíram. As vítimas morreram soterradas.

Outro filho de Rui, Rafael Cordeiro, também caiu na fossa, mas conseguiu sobreviver. Ele está internado em estado grave em um hospital da região portuguesa de Santarém. “Agora o quadro do Rafael estabilizou e parece que, em 72 horas, ele já estará fora da UTI”, contou Fabrício.

A família de Rui Duarte é da região de Registro, interior de São Paulo, e tem um negócio de criação de porcos em Portugal. De acordo com o cunhado, a autópsia dos corpos do empresário e do filho será nesta segunda-feira (3) e o velório deve ocorrer a partir de terça-feira (4), em Portugal.