Garoto prodígio

Garoto prodígio

Mark Zuckerberg viu A Rede Social, que estreia na sexta-feira 3 no Brasil, e disse que era uma obra de ficção. O mais jovem bilionário se viu retratado como um garoto antissocial, passando por cima dos amigos para conseguir o que queria: criar o Facebook. Dirigido por David Fincher e escrito por Aaron Sorkin, o filme é baseado em livros como Bilionário por Acaso, de Ben Mezrich, e mostra como Zuckerberg teria traído o melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin (no filme, vivido por Andrew Garfield), e roubado a ideia de dois outros universitários para criar uma rede social na Universidade de Harvard. Lançado em 2004, o Facebook tem hoje mais de 500 milhões de usuários no mundo todo, disponível em mais de 50 idiomas, com mais de 8 milhões de pessoas ?curtindo? alguma página diariamente, como a do próprio filme, criada pelos usuários, já que nem a empresa, nem Zuckerberg têm a ver com a produção ? que acumula mais de US$ 170 milhões de bilheteria no mundo todo. No papel do menino prodígio do Vale do Silício está Jesse Eisenberg, ele próprio um talento precoce, com atuação bastante elogiada no novo trabalho, com críticos que apostam em uma indicação ao Oscar para ele. Aos 27 anos, o ator conta que só criou uma conta no site quando foi chamado para o papel. Assunto de família ?Eu me registrei para ver sobre o que as pessoas falavam?, diz Eisenberg. ?Provavelmente, o relacionamento mais próximo que tenho com o Facebook agora é que, além do filme, meu primo, Eric, tem um bom emprego lá. Ele consegui isso enquanto estávamos filmando. Trabalha ao lado de Mark Zuckerberg e, não por acaso, tem as melhores coisas a dizer sobre ele.? O personagem Eisenberg não encontrou Zuckerber ? que não está envolvido na produção. Em vez disso, apoiou-se no roteiro de Sorkin e na própria pesquisa para criar o personagem. ?Ele tem uma imagem pública e há muita informação sobre ele, online e em qualquer outro lugar. Mas a melhor fonte que tive foi o roteiro maravilho de Aaron, que criou um personagem que era tão interessante e multi-dimensional que quase não exigiu outras pesquisas. Mas, claro, tive sorte de ter acesso a elas também.? O começo ?Tenho uma irmã mais velha e, quando ela estava com 8 ou 10 anos, meus pais a colocaram em um grupo de teatro, porque era uma criança muito tímida?, conta. ?Entrei no grupo também. Tinha 7 anos. Quando tinha 15, estava pronto para ir a Nova York sozinho, fazer teste na Broadways, e fiz algumas peças pequenas. Depois, entrei para o elenco de Roger Dodger (2002), logo após o colégio.? Segunda opção ?Comecei a fazer testes aos 15 anos porque ainda estava no colégio e não fazia diferença se eu conseguisse o papel ou não. Se não conseguisse, teria um outro trabalho em alguma sorveteria ou algo assim?, conta. ?Meu pai é professor universitário. Por isso, foi importante para ele que eu fosse para a faculdade. Nunca me ocorreu que atuar poderia ser uma profissão?, diz o ator, que estudou antropologia na Universidade de Nova York e também gosta de escrever, atividade que poderá ocupar o tempo dele integralmente no futuro, conta.