Mesmo fora da disputa eleitoral deste ano, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) tornou-se peça central da corrida pela prefeitura do Rio. Sua aliança com Marcelo Crivella (PRB) virou alvo dos adversários desde o primeiro turno.

Nos últimos dias, Marcelo Freixo (PSOL) subiu o tom contra ele em seu programa eleitoral, lembrando a aliança de Crivella e Garotinho desde 2014. Naquele ano, Crivella dirigiu o próprio carro até Campos de Goytacazes, a 270 km do Rio, para acertar o apoio de Garotinho à sua candidatura a governador. Ontem, Crivella minimizou a estratégia de seu opositor. “O povo não liga para isso”, afirmou o candidato.

No programa de Freixo, um locutor afirma ainda que o ex-governador já foi condenado por formação de quadrilha em primeira instância. E cita integrantes do governo Garotinho que foram presos, como o ex-chefe de polícia Álvaro Lins.

O candidato do PSOL alega que, como Crivella decidiu não participar mais de debates, precisa expor as alianças para que o eleitor conheça seu adversário. O objetivo é aumentar a rejeição ao candidato do PRB.

Por meio de seu blog, Garotinho rebateu as afirmações de Freixo e pediu direito de resposta à Justiça Eleitoral. “Não tenho nenhuma condenação por desvio de dinheiro ou improbidade administrativa, conforme o candidato afirma em suas inserções de TV”, escreveu. “A condenação a que se refere o deputado Marcelo Freixo foi de um juiz federal, em primeira instância. (…) A acusação genérica do juiz é que sendo secretário de Segurança eu era obrigado a saber o que fazia um grupo de policiais que liberava máquinas caça-níqueis.”

Desespero. Garotinho atribuiu ainda a estratégia de Freixo ao “desespero” e afirma que não negociou cargos com Crivella. “Meu foco está em 2018”, escreveu o ex-governador, que pretende concorrer ao Palácio Laranjeiras novamente. “Freixo deveria confrontar as propostas de Crivella, tentar mostrar que as suas são melhores. Mas na falta de argumentos apela para a mentira de que ‘o Garotinho vai voltar’. É a tática black bloc. Disso ele entendem bem”, provocou.

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O ex-governador voltou à berlinda no anúncio do apoio de Indio da Costa (PSD), quinto colocado no primeiro turno da disputa municipal, a Crivella. O candidato do PRB assinou acordo, comprometendo-se a restringir a influência de Garotinho e da Igreja Universal em sua administração, caso seja eleito.

Presidente do diretório municipal do PR, a deputada federal Clarissa Garotinho minimizou a exigência de Indio. “Indio pediu apoio do Garotinho no primeiro turno e ficou ‘chateadinho’ porque não teve. É só não teve porque depois de tudo acordado, eu, junto com nossos candidatos, não aceitamos. Definimos o apoio ao Crivella. Garotinho não participou da campanha no primeiro turno e nem no segundo. Tampouco pediu ou pretende participar do governo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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