Um trio de garis está acusando um restaurante de Brasília de discriminação. Segundo a gari Fatima Dias, ela e mais dois colegas compraram marmitas no estabelecimento e perguntaram para funcionária se poderiam comer ali e ela teria negado porque eles poderiam “constranger os clientes”.

“Eu fui com dois garis compra marmita nesse restaurante. Quando uma funcionária olhou, eles perguntaram se poderiam almoçar no local. A funcionária disse que não poderiam sentar lá porque iríamos constranger os clientes que fosse almoçar lá”, escreveu Fátima em uma publicação no Facebook.

Ainda de acordo com a gari, que é fiscal do Serviço de Limpeza Urbano (SLU), ela pretende estrar na Justiça contra o restaurante. “Já vou entrar com ação por discriminação. Eu trabalho com a quebra de preconceito. Só porque ela viu que os garis estavam uniformizados. Eles acham que os garis são burros e não entendem de nada. Isso é discriminação total”, escreveu nos comentário da publicação que viralizou nas redes sociais.

Fátima também rebateu comentários de quem defendeu o restaurante. “Obrigada a todos pelos apoio. Podem acreditar que não estou inventando isso. O fato aconteceu mesmo, baseado em que eu iria inventar uma história dessas?”.

Dona de restaurante nega acusações

Em entrevista ao Extra, Vania Costa, dona do Restaurante Brasil negou que houve discriminação. De acordo com ela, os três funcionários do serviço de limpeza chegaram por volta das 10h40 no local, que ainda estava fechado, e perguntou se três marmitas poderiam ser feitas.

Conforme a empresária, Fatima teria perguntado se poderiam se sentar e comer ali, e a funcionária respondeu que as marmitas só eram vendidas na promoção e só feitas para viagem.

“Eu conheço minha funcionária. Ela explicou que era uma promoção feita só para comprar ali e levar, mas a mulher reagiu de outra forma, disse que não queríamos deixar eles sentarem ali porque eram garis. Não foi por causa disso. O restaurante nem estava aberto e as marmitas foram feitas para pessoas levarem para casa”, explicou Vania ao Extra.

“Quando vi a confusão, eu perguntei o que estava acontecendo. Eu fui lá e disse que ela poderia sentar e comer, mas ela não quis”, relatou a empresária.

Dona do restaurante há 15 anos, Vania ressaltou que nunca teve qualquer tipo de problema e afirmou que ao saber de uma possível ameaça da fiscal pelas redes sociais, ela fez um registro de ocorrência na Delegacia de Polícia.

“Não tenho redes sociais, mas me mostram coisas que ela escreveu. Fomos na delegacia e fizemos um boletim por ameaça. Isso foi muito injusto. Não houve discriminação. A intenção foi das melhores possíveis, atendemos eles mesmo fechados para ajudá-los, e aí acontece tudo isso”, afirmou Vania ao Extra.