Governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia repudiou o ataque contra o diretório do PSDB. “Violência é lamentável”, disse em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, 2. Na noite de quinta, o partido afirmou que a sede “foi alvo de um tiro”.

“Não podemos conviver com violência, nem em eleição, nem no nosso dia a dia. Enquanto governador, estou atento, apoiando as polícias nas ações de combate ao crime. Como político, também repudio qualquer tipo de violência física, material nas eleições. Estamos em um país democrático. É fundamental a gente debater ideias, debater projetos e jamais partir para a violência”, completou.

Segundo o portal G1, o autor do disparo foi o deputado estadual Roque Barbieri (Avante), que foi flagrado por câmeras de segurança dentro do diretório na Rua Estados Unidos, nos Jardins. Garcia não deu mais detalhes sobre o caso, apenas frisou que é um “caso de polícia” e disse esperar “que fique esclarecido o mais rapidamente possível”.

Garcia também comentou sobre as ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC), reveladas pela reportagem da Veja. Segundo a apuração da revista, chamadas telefônicas e um bilhete que “demonstram a insatisfação do crime organizado com a transferência de presos e com a apreensão de armas”, foram interceptados e motivo para aumento da segurança do governador.

“Apesar dessas ameaças, não vou retroceder um milímetro no combate ao crime”, falou. “A partir dos próximos dias, vamos fazer transferências do sistema penitenciário do Estado de São Paulo, para a gente não admitir nenhum tipo de indisciplina dentro do sistema penitenciário.”

Ele não confirmou o aumento da segurança dele e da família. Apenas informou que isso é responsabilidade da “Casa Militar”.

Mantendo discurso confiante, Garcia falou sobre a pesquisa Datafolha divulgada na quinta. Ainda na liderança, Fernando Haddad (PT) viu a distância dos adversários cair. O tucano continua na terceira posição, com 15% da intenção de votos – tinha 11% na anterior -, atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem 21%.

Garcia considerou o avanço de 4 pontos como um “crescimento importante” e repetiu que a campanha está apenas no começo. O tucano frisou que é um candidato “independente” e “autônomo”. “Vou dialogar com qualquer espectro ideológico da política brasileira e espero que nesses próximos trinta dias a gente possa crescer e as pessoas possam me conhecer, ir pro segundo turno e vencer as eleições.”

O ex-secretário da Saúde e candidato ao Senado, Edson Aparecido (MDB), que tem 3% da intenção de voto conforme o DataFolha, falou ao Estadão que acredita em seu potencial de virar o cenário e se eleger. “A gente começou a campanha agora. Agora é mostrar um pouco o que a gente fez ao longo da vida pública”, afirmou. “As pessoas vão comparar e eu acho que a gente, nessa comparação, vai ser beneficiado pelo trabalho que a gente fez.”