Depois da derrota do Fluminense por 4 a 0 para o Manchester City, na final do Mundial de Clubes, nesta sexta-feira, o narrador Galvão Bueno gravou um vídeo em suas redes sociais lamentando a goleada, mas elogiando também a postura do time de Fernando Diniz. Segundo ele, o time carioca conseguiu “mandar no jogo” por boa parte do primeiro tempo. Ele também aplaudiu alguns jogadores, como Marcelo e Felipe Melo, e defendeu que o time campeão do mundo, treinado por Pep Guardiola, está longe de ser uma das maiores equipes da história.

O narrador apreciou a forma de jogar do time brasileiro. Para ele, não havia porque abrir mão do estilo de jogo. “Eu disse antes que até acreditava que podia dar certo, porque o City não passa por um grande momento no Campeonato Inglês. Tinha ausências de Halaand, De Bruyne, jogadores importantes”, afirmou sobre a projeção feita ainda antes da partida. “E também disse antes: Fluminense tem que jogar como Fluminense. Do Diniz, futebol autoral dele. Se ele entende que futebol seja assim, posse de bola, aquela coisa nervosa, tocando dentro da área, quase dois milímetros em cima da linha fatal… mas não perdeu por causa disso, não. Eu acho que tinha que jogar assim mesmo. Tomou um gol completamente absurdo com 40 segundos. Um erro técnico de um jogador extremamente técnico”, completou ao se referir a Marcelo.

Galvão comparou o time do Fluminense com o do City, afirmando que as equipes têm maneiras parecidas de jogar. “Dá um nervoso aquela coisa de sair tocando ali atrás. Mas funcionou. Porque o City também joga assim. É marcar pressão na saída do Fluminense, que vai marcar pressão na saída de bola do City. E estava melhor até tomar o segundo gol, quando começou a deixar espaço”, analisou.

O time de Guardiola, porém, não mantém a mesma forma durante os 90 minutos, e costuma priorizar até mesmo o jogo posicional, diferente do que Diniz propõe. “Mas pelo menos 25, 30 minutos, o Fluminense mandou no jogo. Teve hora que ficou quase três minutos com a bola no pé. Teve um lance que o juiz chegou a dar pênalti. Única oportunidade que teria o Cano no jogo. Mas ele estava um pouquinho impedido. Poderia ter chegado num gol de empate”, lamenta Galvão.

ELOGIOS A FELIPE MELO E CITY ‘ANOS-LUZ’ DE GRANDES TIMES DA HISTÓRIA

Para Galvão, o time de Diniz depende, principalmente de Felipe Melo, Marcelo e Ganso. Entretanto, o trio, de 40, 35 e 34 anos, respectivamente, não aguenta o ritmo durante todo o jogo. “Felipe Melo, até sair, fez uma belíssima partida. Marcelo e Ganso, nem tanto. Eles aguentam, nesse ritmo, um tempo, quando muito. Quando não aguentam mais, o Fluminense Diniz termina. Não tem mais marcação pressão, não tem mais a saída e posse de bola”, comenta o narrador. O camisa 30 do Flu jogou por 61 minutos. Segundo dados do Sofascore, foram dois cortes e um desarme completo. Ele acertou dois de oito lançamentos e teve precisão de 80% nos passes, acertando 32 em 40 tentativas.

Depois do segundo gol, na análise de Galvão, o time carioca perdeu a segurança e, com as substituições, passou a dar mais espaços. “O Fluminense vem para a defesa. Não sabe se defender, sobra espaço para tudo que é lado. 30 minutos de um Fluminense, e o restante o jogo de outro Fluminense e que o City sobrou”, comentou Galvão.

O narrador lamentou que essa tenha sido a maior derrota de um brasileiro em final de mundial, junto do 4 a 0 sofrido pelo Santos, contra o Barcelona, em 2011. Entretanto, Galvão pondera que isso não siginfica colocar o Manchester City em um patamar que, para ele, está longe.

“Eu leio: o City do Guardiola é um dos grandes times da história do futebol mundial. Está a anos-luz dos grandes times da história do futebol mundial. É um ótimo time, extremamente competente, todo mundo sabe o que faz, o técnico é maravilhoso. Mas daí a ser o maior time já montado, tenham dó’, criticou.