Como parte do processo para agilizar a negociação com o São Paulo, o meia Giuliano Galoppo realizou exames médicos na tarde desta quinta-feira (21), em Buenos Aires. É mais uma demonstração de vontade do jogador argentino em vir atuar no futebol brasileiro. Mas o dilema principal no Tricolor é: como pagar ao Banfield pela transferência?


+ Beijo: simples sinal de afeto leva menina para o hospital após infecção
+ Os mais invejosos do zodíaco: 5 signos que têm inveja dos amigos
+ Funcionário do SBT acerta chute no ângulo, ganha R$ 100 mil de Ratinho e decide dividir com colega


Por mais que pareça muito encaminhada, visto que o próprio jogador já acertou as bases salariais com o São Paulo, pediu para não jogar mais pelo Banfield e antecipou o processo para a assinatura do contrato até 2026, há mais dúvidas que certezas.

A começar pelo valor do negócio. Segundo a imprensa argentina, foi acertada a transferência em US$ 6 milhões (quase R$ 32,5 milhões), o que transformaria Galoppo na contratação mais cara da história do Tricolor.

Ao LANCE!, contudo, dirigentes do Morumbi afirmam que o clube conseguiu ‘pechinchar’ o preço. Com comissões e luvas, sairia por US$ 5,5 milhões (aproximadamente R$ 30,2 milhões).

Seja como for, a questão principal no Tricolor é como o atleta de 23 anos será comprado? Com qual dinheiro?

A paixão despertada no técnico Rogério Ceni, que até mesmo esqueceu de outras posições carentes no pouco volumoso elenco tricolor para priorizar a chegada de Galoppo, justificaria um investimento tão alto?

Galoppo atravessa o melhor momento da carreira. Justamente atuando como Ceni queria, flutuando em todas as posições do meio-campo, seja de segundo volante, ajudando na marcação, à armação, dos dois lados do campo. Mais do que propriamente substituir Gabriel Sara, vendido ao futebol inglês por mais de R$ 60 milhões, o argentino possui as mesmas características de Igor Gomes, que desperta paixões no comandante tricolor.

Assim, assumindo a posição de coração da equipe, Galoppo é o maior destaque do Banfield, décimo colocado do Campeonato Argentino, mas à frente de Boca Juniors e River Plate.

Em 27 jogos nesta temporada, marcou oito gols – é o artilheiro da equipe no ano – e deu duas assistências. Além disso acumula números positivos: 67% de acerto no passe longo, 146 bolas recuperadas e 55 desarmes.

Ou seja, poderia ser, se o clube não estivesse afundado em dívidas que beiram os R$ 700 milhões, o presidente Julio Casares ter decidido ainda no ano passado fechar a torneira para reforços de alto custo e os mais de R$ 60 milhões angariados com a venda de Gabriel Sara ao Norwich, da segunda divisão Inglesa, estejam comprometidos para acertar pagamentos pendentes com o elenco.

O L! apurou que a correria tem sido grande no Morumbi para juntar a bolada pedida pelo Banfield. E sem um aceno positivo até agora do misterioso investidor, até o departamento de marketing foi acionado por Casares para pedir um bônus aos patrocinadores atuais do clube para ajudar na vinda do argentino. Há uma certeza de que o efeito Calleri se repetirá e ele se tornará um ídolo. Duas fontes ouvidas pela reportagem afirmaram terem ficado espantadas com a vontade de Galoppo em atuar no Brasil.

Na prática, o São Paulo negociou com Banfield e Galoppo sem ter o dinheiro para fechar o negócio em mãos. Havia a certeza de que o investidor ajudaria rapidamente, o que não aconteceu.

– É uma pessoa fora do meio do futebol. Então tem mais calma que esse pessoal envolvido (risos). Que imagina o cara desembarcando na manhã seguinte – disse uma fonte ouvida pelo L!.

Assim como um grupo de conselheiros e diretores, ele teve acesso a reunião de Casares na última segunda-feira (18) onde alguns dos detalhes foram revelados. Nomes e valores, contudo, são sigilo absoluto. Há consenso na cúpula tricolor. E o silêncio é absoluto. Ao ponto do coordenador de futebol Muricy Ramalho, um ícone no Morumbi, ter sido repreendido por ‘ter falado demais’ em entrevista ao canal ‘TNT Sports‘. Mesmo Ceni, inteirado em partes do que acontece, tem evitado entrar no assunto nas entrevistas após os jogos.

A aflição são-paulina e o passo dado antes da hora sobre o assunto se justifica pelo prazo. As inscrições de novos jogadores para a Copa do Brasil, onde o clube enfrenta o América-MG nas quartas de final, se encerram na terça-feira (26). Há o entendimento de que tudo precisa estar alinhado até lá. Não faz sentido gastar tanto em um atleta para ele não poder jogar uma competição que se tornou prioridade no Tricolor. Muito mais do que o caixa, a briga do São Paulo é prioritariamente contra o relógio.