O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 4, não ter visto divergência na última reunião do Copom. “Não vi divergência na última reunião do Copom”, disse o diretor que participa neste momento de um bate-papo com o economista-chefe da Necton, Gustavo Gonzaga. Segundo Galípolo, os membros do Copom apresentaram apenas argumentos e trade-offs.

Se tem um ponto que tem mostrado a convergência dos membros do Copom desde a reunião é a tentativa de explicar que não houve divergência no último encontro.

Neste ponto a diretoria está com um discurso bem afinado.

A fala de Galípolo nesta noite está na mesma linha do discurso feito pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, na quinta-feira da semana passada, durante coletiva do RTI, e repetido ontem pelo próprio Campos Neto no evento do Bradesco BBI e pelo diretor de Assuntos Internacionais da autarquia, Paulo Picchetti, ao Broadcast – a sua primeira concedida a um veículo de imprensa desde que assumiu o cargo.

Os questionamentos sobre se houve ou não divergência no último Copom começaram após a ata ter trazido um parágrafo dizendo que alguns membros do comitê apontaram que reduzir o ritmo de corte da taxa de juro poderia ser apropriado.

Para o dirigente do BC, o fato de alguns diretores terem uma visão diferente sobre um determinado ponto não quer dizer que os demais não concordam com ela.