03/05/2024 - 9:15
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias deixaram ao menos 37 mortos e um rastro de devastação. De acordo com a Defesa Civil, em balanço divulgado às 9h desta sexta-feira, os temporais causaram estragos em 235 municípios. Ao menos 74 pessoas estão desaparecidas e 74 ficaram feridas.
Imagens registradas por fotógrafos da AFP e Reuters mostram cidades inundadas, carros destruídos, pessoas sendo resgatadas e comércios e casas destruídos pelas chuvas.
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que esse já é o “maior desastre da história” gaúcha em termos de prejuízo material. Segundo Leite, a situação é “pior” do que a registrada no ano passado, quando as inundações causaram mais de 50 mortes e grandes danos materiais.
Além dos mortos e feridos, mais de 23 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e se alojar na casa de parentes, amigos ou em hospedagens. A Defesa Civil afirmou que a maior parte das bacias hidrográficas do estado correm o risco de inundação. Há ainda risco de deslizamentos, especialmente na Serra e nos vales dos rios Taquari e Caí.
Até o momento, 235 prefeituras reportaram ao governo estadual terem sido afetadas, seja por alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências dos temporais. As aulas nas escolas da rede pública estadual também foram suspensas até esta sexta-feira.
Chuvas devem continuar
A previsão do tempo é de que há ainda risco de chuva no Rio Grande do Sul até sábado. Nos últimos quatro dias, choveu no estado o equivale a três vezes a média para esta época do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com o governador, deslizamentos de terras estão ocorrendo em boa parte do estado e barragens estão sendo monitoradas, embora ainda não haja evidência de risco de rompimento dessas estruturas.
* Com informações da Deutsche Welle e Agência Brasil