A Gafisa apresentou um prejuízo líquido consolidado e ajustado de R$ 315,283 milhões no quarto trimestre de 2017, segundo balanço publicado nesta quinta-feira, 8. O resultado negativo é 102,1% maior do que no mesmo período de 2016, quando reportou prejuízo de R$ 156,017 milhões.

O resultado consolidado inclui a participação que a Gafisa detém na empresa de loteamentos Alphaville Urbanismo, e é ajustado pela exclusão da operação de alienação de ações de Tenda, que se separou do grupo no ano passado.

Sem considerar os efeitos de Alphaville, a Gafisa teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 125,285 milhões, montante 6,6% menor na comparação anual.

A empresa de loteamentos gerou um forte impacto negativo no grupo, com perdas de R$ 62,569 milhões pela sua equivalência patrimonial e baixas de R$ 127,429 referentes aos impairments de estoques e terrenos.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado – que desconsidera efeitos de Alphaville e da Tenda – ficou negativo em R$ 239,752 milhões no quarto trimestre de 2017, uma piora de 49,7% frente ao mesmo período de 2016.

A receita líquida totalizou R$ 164,706, queda de 37,6%.

Dados anuais

No acumulado de 2017, o prejuízo líquido consolidado e ajustado atingiu R$ 800,699 milhões. Isso significa um crescimento de 128,4% das perdas em comparação com 2016, quando o prejuízo totalizou R$ 350,509 milhões.

Sem considerar os efeitos de Alphaville, o prejuízo da Gafisa fica em R$ 486,414 milhões no ano, ainda assim 52,8% maior do que no ano anterior, quando bateu em R$ 318,387 milhões.

O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 396,334 milhões em 2017, resultado 62,8% pior do que em 2016, quando foi negativo em R$ 243,483 milhões.

A receita líquida totalizou R$ 849,856 milhões no ano, encolhimento de 27%.