Gabriela Duarte revelou em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que recebeu ameaças após sua mãe, Regina Duarte, entrar na política e assumir a pasta da Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

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“Foi perseguida por grande parte da classe artística, que em sua maioria é de esquerda”, disse Pedro Bial, que na sequência perguntou para Gabriela se ela notou a mudança de comportamento nos colegas de trabalho com a mãe: “Acho que houve uma mudança na forma de olhar sobre como ela se posicionou. Me sinto muito pouco na posição de fazer esse julgamento. Uma coisa posso afirmar, nós somos muito diferentes realmente”, respondeu.

Duarte continuou: “Eu entendo que exista uma associação, até mesmo pelo trabalho. É uma coisa que eu poderia ter feito o movimento de separação antes, talvez me expondo mais.”

A artista ainda falou que o fato de Regina assumir a Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro, foi uma decisão que não foi discutida com a família: “Ela fez um comunicado. Era um desafio. Não tem que consultar os filhos, tem que comunicar”, disse.

“Até hoje me pego pensando em como a coisa respingou tanto em mim. Não somos a mesma pessoa. Esse momento foi muito forte. Primeiro por pessoas que não tinham tanta relação comigo, mas me apoiaram muito. Essas pessoas realmente entenderam essa questão. E teve também um lado duro demais de pessoas me julgando, me cobrando um lugar de ter que me posicionar, de ter que apedrejar minha própria mãe em praça pública. Foi um período muito difícil. Já não bastasse estar no período da pandemia, e ainda ter que lidar com isso. Recebi muitas ameaças, isso nunca me passou pela cabeça que seria possível. Tenho tudo documentado, mas é bizarro”, finalizou Gabriela.