“Ser uma artista internacional é uma consequência do meu sonho”, diz Gabriela Dalcin, de 19 anos, a brasileira que está a um passo de se tornar a próxima integrante do grupo de K-Pop Blackswan. Em um concurso disputado inicialmente por quatro mil jovens de todo o mundo, a catarinense chegou à etapa final e agora compete apenas com a indiana Sriya – o resultado será divulgado nesta quinta-feira, 26.

Gabriela conta que seus pais ouviam música clássica desde que sua mãe ficou grávida dela. Aos 9 anos, começou a trabalhar no teatro musical e, aos 13, conheceu o pop coreano por intermédio de uma amiga. “Vi que tinha dança e canto e, como eu gostava disso no teatro musical, fiquei impressionada, porque é muito difícil fazer os dois ao mesmo tempo, são coreografias difíceis”, comenta.

Foi em 2018 que ela entrou de vez para o universo do K-pop. A jovem passou a integrar o Queens of Revolution, grupo cover de Florianópolis, sua terra natal. Apenas em 2019, o grupo ganhou 11 prêmios em competições de dança e ficou em segundo lugar no K-Pop World Festival, a maior competição de cover de K-pop do mundo.

Apesar dos prêmios acumulados, a menina resolveu trilhar um caminho alternativo, iniciando a graduação em design gráfico na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “Meu pai já falou que, de primeira, ninguém nunca imagina que o filho vai ser um artista, mas quando eu disse que queria, ele me apoiou”, afirma.

ESTRELA

E foram apenas dois semestres na universidade até ela ser selecionada como finalista do concurso para ser a quinta integrante do Blackswan. “A possibilidade de a Gabi se tornar uma estrela de K-pop é muito gratificante. Reforça o pensamento de que é possível buscarmos os nossos objetivos e sonhos. É no palco que ela se sente bem. A felicidade dela está diretamente ligada ao mundo do K-pop”, reforça a mãe da jovem, Mauren Strassburger.

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Mesmo acostumada com uma rotina corrida entre as aulas da faculdade e os ensaios do Queens of Revolution, Gabriela conheceu uma rotina ainda mais agitada na Coreia do Sul. Desde dezembro de 2021, ela está em treinamento com a DR Music Entertainment, empresa responsável pelo grupo Blackswan. De manhã, aprende o idioma coreano e depois passa o dia nos ensaios de canto e dança. “Em algumas semanas, fico ensaiando até tarde”, diz.

Para ela, os últimos meses foram essenciais para se desenvolver e se sentir mais segura como artista. “Sinto que melhorei muito e que estou conseguindo mostrar isso. Evoluir é o mais importante porque ninguém nasce perfeito.”

OUTRA BRASILEIRA

Além da correria, Gabriela também lida com a expectativa de descobrir o resultado do concurso. A nova integrante do Blackswan vai completar o grupo que já é formado pela brasileira Leia, as coreanas Yougheun e Judy e a senegalesa Fatou.

A internet impulsionou o gênero em todo o mundo, quando grupos como BTS, Blackpink, Exo, Twice e NCT passaram a dominar as plataformas de streaming.

Entre as principais inspirações de Gabriela, estão as cantoras pop norte-americanas Taylor Swift e Ariana Grande. Já entre as brasileiras, Anitta se destaca. “Eu sou muito apaixonada por ela, que começou no Brasil e agora desenvolve uma carreira internacional. Sou brasileira e também estou tentando construir isso fora do País, então ela me inspira”, conclui.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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