As primeiras medalhas do Brasil no terceiro dia da natação na Paralimpíada de Tóquio-2020 não demoraram a chegar. Na segunda prova do dia, a disputa dos 100 metros costas da classe s12 (deficiência visual moderada), Maria Carolina Santiago chegou em terceiro e conquistou o bronze, com o tempo de 1min09s18. Pouco depois, Gabriel Bandeira levou a prata nos 200 metros livre classe s14, para atletas com deficiência intelectual.

O ouro na prova de Maria Carolina ficou com a britânica Hannah Russell e a prata com a russa Daria Pikalova. As três que subiram ao pódio dominaram a prova, em um ritmo muito superior às demais competidoras, e chegaram com pouca diferença entre elas.

Já na de Gabriel Bandeira, o ouro ficou com o experiente Reece Dunn, que quebrou o recorde mundial. O britânico largou muito bem e chegou a ter grande vantagem, viu Gabriel se aproximar no fim, mas conseguiu segurar a vantagem e vencer. O bronze ficou com o russo Viacheslav Emeliantsev.

Em entrevista ao SporTV após a prova, Maria Carolina valorizou a preparação e o papel da comissão técnica. “Estou muito feliz, essa medalha representa muito para mim. A preparação fio bem dura e eu consegui fazer meu melhor tempo. A atmosfera está diferente de qualquer outra prova que já fiz, infelizmente não tem arquibancada lotada. O técnico mandou passar bem forte e eu pensei ‘só vou parar quando chegar'”, contou a nadadora brasileira.

“Foi uma prova muito forte, tanto eu quanto o britânico nadamos abaixo do recorde mundial; Não imaginava (esse desempenho), acho que agora estava colocando tanta energia nos 100m borboleta que as outras provas vão andar junto”, disse Gabriel ao SporTV após sair da piscina.

Maria Carolina ainda disputa mais duas provas na Paralimpíada: os 100 metros livre na classe s12 e os 50 metros livre na classe s13 (grau menor de deficiência visual). Gabriel também tem mais duas disputas, nos 100 metros peito e nos 200 metros medley, ambos na s14.