Gabi Medvedovsky diz que sucesso de casal lésbico em ‘Três Graças’ foi ‘uma surpresa’

Em entrevista à IstoÉ, atriz comemora representatividade LGBT+ na novela e repercussão internacional do casal "Loquinha"

Jorge Bispo
Gabriela Medvedovsky Foto: Jorge Bispo

Aos 33 anos, Gabriela Medvedovsky está em sua melhor fase. No ar como Juquinha em “Três Graças”, em que interpreta a estagiária da polícia e parceira de Paulinho (Romulo Estrela), a atriz já alcançou notoriedade internacional com o papel, viralizando em redes sociais mundo afora.

Mais do que a personalidade carismática e sarcástica da personagem, foi o romance entre ela e Lorena (Alanis Guillen) que conquistou o público. Poucos dias atrás, a primeira interação entre as duas lhes rendeu o apelido “Loquinha”, rapidamente tornando o casal um dos mais populares da novela das 21h — antes mesmo do namoro se tornar oficial.

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“Não estou acreditando que isso está acontecendo, que chegou nesse lugar. É uma surpresa maravilhosa”, afirma Gabriela em entrevista à IstoÉ Gente sobre a repercussão do casal. “É ainda mais legal porque é um casal formado por duas mulheres. Isso mostra que tem uma aceitação muito grande por parte do público.”

“O fato do casal ter sido escrito e construído de uma maneira supernatural e romântica ajudou nessa repercussão. Elas se olham, se encantam uma pela outra, e é isso. Não tem empecilhos.”

“Acho que naturalizar isso também foi uma sacada muito boa. A gente não quer ficar mais vendo o processo de se entender como homossexual, o processo de aceitação. Naturalizar é um caminho muito legal, que a gente ainda não tinha visto muito na dramaturgia.”

Importância da representação LGBT+ no horário nobre da TV

Além de Loquinha, “Três Graças” também é composto por outros núcleos LGBTQIAPN+, como Kasper Damatta (Miguel Falabella) e João Rubens (Samuel de Assis), além de Viviane (Gabriela Loran) e Leonardo (Pedro Novaes). Representação, que segundo a atriz, é um retrato fiel da “nossa sociedade”.

“O que eu acho muito legal é que o Aguinaldo se propõe a trazer uma representatividade da maior gama possível. E, se tratando de uma cidade como São Paulo, não poderia faltar diversas pessoas e diversos lugares sociais sendo retratados.”

“Você vai ver o pastor evangélico, o traficante, a mulher trans farmacêutica… Muitas pessoas, culturas e raças sendo contempladas e representadas na novela. E não seria diferente com a representação de casais homossexuais.”

*Estagiária sob supervisão