Mudar completamente a imagem que as pessoas fazem sobre alguém é algo que a analista comportamental Gabi Lodewijks garante lidar com frequência. A mentora de mulheres é mestre em Programação Neurolinguística (PNL) e afirma conhecer técnicas que garantem o efeito de transformação de Arthur Aguiar diante da opinião pública, algo que pode ter ajudado o ator e cantor a vencer o “BBB22”.

“Eles podem ter usado uma técnica chamada de Rapport, que é fazer contato, criar ligação de empatia, se relacionar com menos resistência, mostrar algo em comum com as pessoas e, dessa forma, atrair a atenção e o interesse no sujeito. Arthur mostrou um lado mais sensível falando dos seus sentimentos,  arrependimentos e, acredito que, aos poucos, ele foi conquistando homens e mulheres”, explica Gabi, à IstoÉ.

“Como ele mesmo disse, recebia muitas mensagens de pessoas que passaram por traição e não sabiam o que fazer. Acredito que ele criou uma conexão com essas pessoas mostrando que é possível, sim, se arrepender, ressignificar o que aconteceu”, completa.

Na PNL, segundo a profissional, ressignificar é dar um novo significado a um acontecimento e seguir adiante. “Nesse caso, ele diz que aprendeu muito com o que aconteceu e se arrependeu da dor acusada à esposa. Mulheres são mais sensíveis, não temos dúvida disso. E, nesse discurso, ele, com certeza, acabou amolecendo a opinião de milhares de pessoas que o viam como vilão. Sair do papel de vilão que traiu a mulher e passar a ser o bonzinho foi uma atitude bem pensada antes de entrar no programa”, aposta ela.

“Acredito que a intenção maior era mesmo de mostrar o lado legal, de pai, de marido apaixonado e arrependido pelo que fez. Foi um trabalho em conjunto, da assessoria dele e da esposa o defendendo o tempo todo, mostrando seu lado brincalhão e paizão através de vídeos postados nas redes sociais. Aos poucos, eles foram mostrando que é possível perdoar, que as pessoas mudam e se reconstroem”, analisa Gabi.

“Quanto mais se falava bem do Arthur, quanto mais insistiam em mostrar o outro lado dele, aos poucos, as pessoas iam apagando a imagem de vilão e criando uma nova opinião. É assim que nosso cérebro aprende, grava coisas por repetição”, finaliza a profissional.