Os gaboneses votaram neste sábado (27) em eleições locais e legislativas, um duplo pleito para encerrar a transição política iniciada após o golpe de Estado de agosto de 2023, que pôs fim a 55 anos de poder da dinastia Bongo.
Estão aptos para votar cerca de 900.000 eleitores para eleger 145 deputados e 3.000 conselheiros locais e municipais.
“Nosso único objetivo é obter uma forte maioria além da maioria absoluta, para representar nossas ideias”, declarou o presidente Brice Oligui Nguema em sua página no Facebook na semana passada.
Seu partido, criado em julho, a União Democrática dos Construtores (UDB), e o Partido Democrático Gabonês (PDG), fundado pelo ex-presidente Omar Bongo (1967-2009), apresentaram a maior parte dos candidatos, apesar da presença de muitos independentes.
O PDG apoia o presidente Oligui. A oposição, representada pelo partido Juntos por Gabão, denunciou ações prejudiciais e uma “vontade de excluir uma parte do eleitorado”, bem como a organização de uma fraude “em larga escala”.
O Ministério do Interior gabonês, responsável pela organização do pleito, prometeu um processo transparente com “uma apuração pública” e “uma noite eleitoral para divulgar continuamente os resultados provisórios”.
Um segundo turno para a eleição de deputados será realizado em 11 de outubro.
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