BRUXELAS, 13 JUN (ANSA) – Os líderes do G7 concordaram neste domingo (13) em intensificar as ações para combater as mudanças climáticas e renovaram a promessa de arrecadar US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países pobres a reduzir as emissões.   

A alteração do clima foi um dos temas principais da cúpula em Carbis Bay, na Cornualha. Durante o encontro de três dias, os líderes do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha e Itália se comprometeram em manter o aumento da temperatura global até 1,5 °C, além de apoiarem a ideia de uma “revolução verde” criando empregos.   

Na declaração final, eles reafirmaram a meta coletiva dos países desenvolvidos de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano até 2025 em fundos públicos e privados para ajudar na transição energética dos países pobres.   

O grupo ainda pediu o fim até 2021 do financiamento de projetos de carvão para produzir eletricidade que não usariam tecnologias (captura e armazenamento de CO2) para reduzir suas emissões.   

“A caminho da COP26, os parceiros do G7 firmam um importante compromisso conjunto de zero emissões até 2050 (como último prazo) e de manter o aumento dentro de uma temperatura de 1,5ºC”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no Twitter.   

Von der Leyen explicou que é preciso “descarbonizar o setor energético” e que “25% da energia da União Europeia provém de fontes renováveis”. “Pretendemos aumentar para 38% até 2030”.   

“Parceiros do G7 concordaram em eliminar o carvão. O acordo para encerrar o financiamento global do carvão é uma grande conquista e envia uma forte mensagem ao mundo”, completou ela.   

Em relação a biodiversidade, a meta dos líderes é preservar ou proteger pelo menos 30% das terras e oceanos até 2030.   

Itália – Segundo o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, a Itália gastou muito nos últimos 10 anos para melhorar as emissões, mas se não for possível confiar nas políticas internas de outros países, um imposto começará a ser aplicado para ajustar a diferença nos custos de produção.   

O líder italiano ainda explicou que, durante a cúpula, “muitos compromissos foram feitos”. “Os números são muito grandes, os custos das mudanças climáticas chegam a US$390 bilhões por ano e a contribuição de desigualdade é incrível”.   

Para Draghi, “nove dos 10 países mais afetados pelas mudanças climáticas são de baixa ou média renda, ou seja, pobres ou muito pobres, portanto a luta também é uma questão de igualdade”.   

(ANSA)