PESCARA, 23 OUT (ANSA) – Os ministros de Desenvolvimento do G7, reunidos em Pescara, na Itália, reiteraram nesta terça-feira (22) o apelo do grupo a um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e à libertação de todos os reféns.   

Em meio ao aumento da tensão na guerra no Oriente Médio, o comunicado final da cúpula também pede um crescimento significativo e sustentado no fluxo de assistência humanitária e o fim do conflito.   

“A situação em Gaza é catastrófica e dezenas de milhares de vidas inocentes foram perdidas. Reiteramos a necessidade absoluta de proteger a população civil e que deve haver um acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem obstáculos como prioridade absoluta”, acrescenta o texto.   

Os ministros do G7 ainda reconhecem o “papel da Força das Nações Unidas no Líbano (Unifil) na restauração da paz e da segurança” e garantem estar “empenhados em reforçar o nosso apoio à missão, de acordo com as resoluções da ONU”.   

No comunicado, todos expressam ” grande preocupação com os ataques contra a Unifil” e pede para todas as partes respeitarem o direito humanitário internacional e garantir a segurança e proteção da força da ONU.   

Além disso, os representantes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos comprometeram-se e apelaram por uma resposta global ambiciosa aos desafios do desenvolvimento e às múltiplas crises que estão atrasando o progresso na implementação da Agenda 2030 e no alcance dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).   

O texto destaca ainda que “pessoas, especialmente em países de baixos rendimentos, estão sofrendo as consequências do conflito, do declínio econômico e da pobreza, da insegurança alimentar e da pobreza, da desnutrição, falta de acesso a serviços de saúde de qualidade, acesso à água, saneamento, crise educacional global, alterações climáticas, degradação e poluição ambiental, perda de biodiversidade, escassez de recursos hídricos, insegurança energética, fossos digitais, desigualdades de gênero e discriminação”.   

Por fim, condena “nos termos mais fortes possíveis a guerra de agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra a Ucrânia, que causou impactos devastadores para o povo ucraniano, incluindo mulheres e meninas, e deslocamentos humanitários em massa e graves”.   

“Comprometemo-nos a apoiar o governo da Ucrânia nos seus esforços contínuos para proteger a saúde do povo ucraniano”, conclui o texto, ressaltando “a importância da assistência ao desenvolvimento e à reconstrução para a estabilidade macrofinanceira, infraestruturas críticas, crescimento econômico e social da Ucrânia, também levando em conta o caminho de adesão do país à UE”. (ANSA).