O G7, grupo das principais potências ocidentais, denunciou, neste sábado (24), o apoio de Irã e China à guerra da Rússia na Ucrânia, coincidindo com o segundo aniversário do início da invasão da ex-república soviética pelas tropas russas.

“Pedimos ao Irã que pare de apoiar o exército russo”, declararam, em nota conjunta, os líderes de Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá, expressando, ainda, sua “preocupação com as transferências para a Rússia, por parte de empresas chinesas (…), de componentes para armas e equipamento para produção militar”.

A Coreia do Norte também foi alvo das críticas do G7, que condenou “energicamente as exportações norte-coreanas e o fornecimento de mísseis balísticos norte-coreanos à Rússia” e pediu a “cessação imediata de tais atividades”.

Durante a reunião virtual, presidida pela Itália e centrada na Ucrânia, as potências ocidentais tinham previsto examinar uma nova rodada de sanções a Moscou.

“Continuaremos fazendo aumentar o preço da guerra para a Rússia, reduzindo suas fontes de receita e impedindo seus esforços de construir seu maquinário bélico, como demonstram os pacotes de sanções que aprovamos recentemente”, afirmou o grupo no comunicado.

Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, participou da cúpula e instou as potências aliadas a entregar “a tempo” a ajuda militar de que Kiev precisa para fazer frente à ofensiva de Moscou.

A Ucrânia está fragilizada neste aspecto pelo bloqueio da ajuda americana de 60 bilhões de dólares (R$ 299 bilhões), devido a disputas entre democratas e republicanos no Congresso americano.

Por sua vez, o G7 pediu “a aprovação de ajuda adicional para atender às necessidades orçamentárias restantes da Ucrânia em 2024”, sem mencionar explicitamente o bloqueio nos Estados Unidos.

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