TRIESTE, 30 JUN (ANSA) – A reunião dos ministros da Educação do G7, concluída na cidade de Trieste, nordeste do país, no último sábado (29), defendeu a reconstrução das escolas na Ucrânia, alvo de uma invasão russa desde fevereiro de 2022.   

Entre os 22 pontos que compõem a declaração final assinada por unanimidade, os políticos reconhecem “simultaneamente o impacto negativo dos conflitos no direito à educação, com referência à agressão da Rússia contra a Ucrânia”.   

Além disso, reafirmam o seu compromisso de reconstruir escolas danificadas e reforçar a recuperação” na Ucrânia e também destacam a necessidade de priorizar a formação de qualidade, a fim de traçar um caminho claro e comum rumo a sociedades sustentáveis e indivíduos resilientes”.   

Os líderes enfatizam o apoio à “educação como um direito humano universal, em especial para as meninas e mulheres, e para as pessoas com deficiência”.   

“O G7 apoia a Agenda 2030 e a educação inclusiva e equitativa que visa a paz e o bem-estar, especialmente tendo em vista a próxima Cúpula do Futuro e na sequência de duas prioridades políticas da presidência italiana do G7 – valorização dos talentos e da educação inovadora e de novas competências para o futuro”.   

No entanto, eles explicam que não podem “deixar de reconhecer os recentes declínios globais na aprendizagem dos alunos, razão pela qual é necessário acelerar abordagens inovadoras na educação, sem negligenciar os jovens mais marginalizados, os estudantes vulneráveis, o fenômeno do abandono precoce e os problemas de discriminação, intolerância, cyberbullying”.   

“O papel crucial dos professores e outros educadores deve ser reconhecido através da promoção da confiança, respeito e valorização, melhorando o diálogo social com as organizações de professores e as suas condições de trabalho, com salários competitivos”, acrescentam.   

Segundo o comunicado, as disparidades de desempenho escolar devem ser reduzidas e as desigualdades sistêmicas abordadas com apoio direcionado para estudantes, pais e famílias marginalizados, em conformidade com a Declaração de Toyama e Kanazawa e o Comunicado de Hiroshima.   

Para os ministros da Educação do G7, a aprendizagem da Inteligência Artificial (IA) deve ser melhorada, mas sempre governada, e as competências digitais devem ser reforçadas.   

As delegações ainda comprometeram-se a reforçar a cooperação internacional entre os países do G7 para apoiar mulheres e meninas, melhorar a igualdade de gênero, aumentar a competitividade, a inovação e a coesão social.   

Por fim, é apoiada uma maior colaboração entre os países do G7 e a União Africana também para a oferta de trabalho e a procura de aptidões e competências. (ANSA).