Os ministros das Relações Exteriores do G7 condenaram, nesta quarta-feira (12), o aumento da violência no Sudão, e disseram considerar que o conflito entre o exército do país e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) causou “a maior crise humanitária do mundo”.
O terceiro maior país da África está mergulhado em um violento conflito desde abril de 2023, devido a uma briga pelo poder entre o exército do general Abdel Fatah Al Burhan e as FAR de seu antigo adjunto, Mohamed Hamdan Daglo.
“Condenamos veementemente a recente escalada de violência”, declararam os chanceleres dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), em um comunicado conjunto ao final de uma reunião na cidade canadense de Niagara-on-the-Lake.
“Condenamos sem reservas a violência sexual”, acrescentaram.
As FAR anunciaram em 7 de novembro que haviam aceitado uma proposta de trégua humanitária apresentada pelos mediadores Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Mas no terreno, “não há sinais de distensão”, alertou na sexta-feira o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.
As FAR tomaram há menos de duas semanas El Fasher, o último bastião do exército na região de Darfur. E atualmente parecem estar deslocando sua atenção para o leste, em direção à região de Kordofan, rica em petróleo, e Cartum.
O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos e cerca de 12 milhões de pessoas deslocadas.
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