O G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, concorda com uma suspensão temporária do pagamento da dívida das nações mais pobres do mundo, caso os governos do G20 também aprovem a medida – anunciaram os respectivos ministros das Finanças nesta terça-feira (14).

Para ajudar estes países a conterem os efeitos da pandemia de coronavírus, os membros do G7 (Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido) “estão prontos para proporcionar uma suspensão temporária dos pagamentos do serviço da dívida (…), caso se unam todos os credores bilaterais oficiais no G20 e segundo o que foi estabelecido com o Clube de Paris”, afirmam em um comunicado divulgado após uma reunião por videoconferência.

Além disso, eles destacaram que apoiam o trabalho do G20, integrado entre outros por China e Rússia, com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, a associação global de instituições financeiras), “para pedir aos credores privados que ofereçam um tratamento comparável, de forma voluntária”.

O objetivo da iniciativa apoiada pelo G7 é “fornecer apoio de liquidez para ajudar estes países a lidarem com os efeitos econômicos e de saúde da crise”, segundo o resumo da reunião, realizada no âmbito das assembleias de primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

Por conta do coronavírus, as reuniões acontecem por videoconferência esta semana, pela primeira vez.

O Fundo e o Banco Mundial já pediram aos credores oficiais que prestem socorro aos 76 países mais pobres do mundo. Na segunda-feira, o FMI aprovou uma suspensão de seis meses dos pagamentos da dívida de 25 nações, a maioria da África.

O G7 também “reiterou sua promessa de fazer o que for preciso para restaurar o crescimento econômico e proteger os empregos, as empresas e a capacidade de recuperação do sistema financeiro”.

“Ministros e governadores continuam comprometidos com utilizar todas as ferramentas políticas disponíveis para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”, afirmou o comunicado.