Na contramão dos demais esportes, os estrangeiros têm ampliado a presença no futebol brasileiro. No ano passado, por exemplo, a Série A do Campeonato Brasileiro bateu recorde de atletas de fora do País: 69 jogadores entraram em campo por 19 equipes, superando os 68 atletas do ano anterior. Apenas o Atlético Goianense não utilizou nenhum estrangeiro.

O país com o maior número de representantes foi a Argentina (23). Na sequência vieram Colômbia (13), Equador (9), Paraguai (5), Chile, Peru e Uruguai (4) e Venezuela (3). Tiveram um jogador cada Bolívia, Camarões, Turquia e Alemanha.

A maior presença de estrangeiros no futebol brasileiro foi um pedido dos clubes à CBF. Em 2013, a entidade resolveu aumentar o limite de jogadores de fora do País por equipe, passando de três para cinco gringos em uma mesma partida.

Dois anos depois, a CBF chegou a estudar a possibilidade de restringir o número de estrangeiros no Brasil, mas o projeto não foi bem aceito pelos clubes. A proposta debatida durante encontro de ex-técnicos da seleção brasileira era seguir o modelo inglês, no qual para atuar em um clube do país o jogador de fora da comunidade europeia precisa ter um número mínimo de convocações para a seleção. No caso do futebol, jogadores sul-americanos acabam sendo contratados, muitas vezes, por aceitarem receber salários mais baixos do que os brasileiros.

Se há clubes onde a presença de estrangeiros aumentou, em outros houve diminuição. É o caso do Sport, que tinha em 2017 três atletas de fora do País e, nesta temporada, conta apenas com o zagueiro colombiano Henríquez.