O furacão Norma voltou a ganhar força, nesta sexta-feira (20), e subiu para a categoria 3 da escala Saffir-Simpson (que vai até 5) ao se aproximar do sul da península da Baixa Califórnia, no noroeste do México, que se prepara para a chegada do fenômeno meteorológico.

Mais cedo, o furacão tinha perdido força e era catalogado como de categoria 2.

Às 20h00 GMT (17h00 de Brasília), a tempestade, que na quinta-feira tinha alcançado a categoria 4, estava cerca de 335 km ao sul do turístico Cabo San Lucas, com ventos sustentados de 195 km/h e deslocamento de 13 km/h, segundo um relatório do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

Mais cedo, as autoridades locais da Defesa Civil informaram que há cerca de 60 mil turistas nos balneários da região, a maioria deles estrangeiros, que começam a chegar para passar o outono e o inverno no hemisfério norte neste destino quente.

A tempestade tocaria o solo na tarde de sábado nas proximidades do município de Los Cabos e depois cruzaria o Mar de Cortés e entraria no estado de Sinaloa (noroeste), na madrugada de segunda-feira, provavelmente rebaixado a tempestade tropical.

As autoridades da Defesa Civil dos estados afetados pelo fenômeno se declararam em alerta, principalmente na Baixa Califórnia Sul, onde as aulas foram suspensas e foram emitidas recomendações de navegação.

Héctor Amparano, subsecretário da Defesa Civil desse estado, disse à emissora Milenio que os efeitos do fenômeno começarão a ser sentidos na madrugada de sexta para sábado. No entanto, as chuvas serão bem-vindas neste distrito com grandes áreas desérticas.

Mas o funcionário se disse preocupado porque Norma tem “uma velocidade de avanço muito lenta”, o que prolonga os efeitos do fenômeno no solo.

Na semana passada, a passagem do poderoso furacão Lidia, que também alcançou categoria 4, deixou pelo menos dois mortos nos estados ocidentais de Jalisco e Nayarit.

Devido às suas extensas costas no Pacífico e no Atlântico, o México é um dos países mais vulneráveis a furacões, com pelo menos uma dúzia de fenômenos meteorológicos por ano e todos com potencial para se tornarem grandes ciclones.

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