Furacão Melissa deixa ao menos 30 mortos e destruição no Caribe

O fenômeno, que devastou regiões do Haiti, da Jamaica e de Cuba, atingiu as Bahamas na manhã desta quinta-feira

Ricardo MAKYN / AFP
Edifícios destruídos após a passagem do furacão Melissa, em Black River, St. Elizabeth, Jamaica Foto: Ricardo MAKYN / AFP

HAVANA, 30 OUT (ANSA) – O furacão Melissa provocou devastação e ao menos 30 mortes em todo o Caribe ao atingir a região como uma das tempestades atlânticas mais poderosas em mais de 150 anos.

O fenômeno, que devastou regiões do Haiti, da Jamaica e de Cuba, atingiu as Bahamas na manhã desta quinta-feira (30) e segue em direção às Bermudas, ainda com ventos perigosos e chuvas intensas.

+ Potente furacão Melissa provoca ‘danos vultosos’ e inundações em Cuba 

De acordo com as autoridades locais e o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), Melissa enfraqueceu ligeiramente, mas continua classificada como um furacão de categoria 3, com ventos sustentados de até 205 km/h.

Nos últimos dias, a tempestade tem oscilado entre as categorias 3, 4 e 5, as mais altas na escala Saffir-Simpson.

O órgão alertou que “os moradores das Bahamas devem permanecer abrigados”, e recomendou às autoridades das Bermudas que concluam “todos os preparativos antes da chegada dos primeiros ventos com força tropical”.

No Haiti, dezenas de pessoas continuam desaparecidas após enchentes e deslizamentos de terra. Na Jamaica, relatos de destruição incluem estradas intransitáveis, casas destruídas e interrupções generalizadas no fornecimento de energia elétrica.

Já em Cuba, o furacão causou um colapso quase total no sistema elétrico nacional. A empresa estatal Unión Eléctrica (UNE) informou que apenas 37% da rede elétrica permanece ativa, com graves danos em várias usinas termelétricas.

As plantas de Renté (Santiago de Cuba) e Felton (Holguín), duas das maiores do país, foram completamente desligadas devido aos estragos provocados pelos ventos e pelas inundações.

“O déficit de capacidade de geração de Camagüey a Pinar del Río será muito alto”, alertou a UNE em comunicado.

Atualmente, apenas as usinas Antonio Guiteras (Matanzas), Nuevitas (Camagüey) e os três blocos de Mariel estão em funcionamento, produzindo cerca de 500 megawatts ? menos de 16% da demanda nacional.

Com a adição da geração distribuída e de parques solares não afetados, a produção total chega a aproximadamente 1.200 megawatts.

Chuvas torrenciais e inundações continuam castigando o leste cubano, especialmente a cidade de Bayamo (Granma), onde o rio Bayamo transbordou, alagando bairros inteiros após a abertura de barragens a montante. (ANSA).