A Federação Única dos Petroleiros (FUP) recorreu ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para mediar o impasse em torno do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) 2019, a fim de evitar a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir do próximo sábado, 26.

O documento foi encaminhado ao procurador-geral do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro, a quem a FUP solicita “a promoção de entendimentos bilaterais entre a Petrobras e as entidades sindicais de seus empregados, com vistas à superação do impasse negocial”.

A FUP argumenta que enviou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 26 de setembro uma proposta de melhoria no ACT sugerido pelo tribunal em 19 de setembro, mas que a Petrobras se recusou a retomar o diálogo com os trabalhadores.

De acordo com a FUP, se não houver negociação para melhorar a proposta do TST, a categoria vai parar a partir do dia 26. A entidade disse que vai aguardar até sexta, 25, para decidir se a greve realmente será deflagrada.

Equipe de referência

A Petrobras já começou a se preparar para a greve solicitando aos sindicatos que mantenham uma equipe de referência para “assegurar a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”. A empresa afirma que a equipe terá que “manter as atividades cuja paralisação resulte em prejuízo irreparável pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daquelas essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento”.

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A carta da Petrobras foi enviada aos sindicatos que reúnem os empregados das refinarias, unidades cuja operação é mais sensível a paradas. Segundo especialistas, após cinco dias de greve o abastecimento de combustíveis começa a ser afetado.


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