A cantora de funk e advogada Amanda Versus, de 31 anos, disse ter sido vítima de homofobia de um motorista da Uber na última segunda-feira (2), na capital mineira. Segundo ela, a corrida foi interrompida depois que o homem viu a funkeira trocando carícias com a namorada.

“A intolerância está num nível que machuca as pessoas. Então, eu não posso mesmo encostar na minha namorada?”, questionou a cantora de funk ao portal G1.

Versus relata que ela e a companheira voltavam juntas do serviço, quando a namorada teria dito que estava com dor nas costas. A cantora começou a fazer massagem, o que incomodou o motorista.

“Quando parei de fazer a massagem e soltei o cabelo dela, ele já veio dizendo ‘pode parar com isso daí. Pode ficar cada uma de um lado, que eu não gosto disso no meu carro’”, contou.

Inconformada com a postura do homem, Amanda pediu para encerrar a corrida. Antes de sair do carro, ela revela que discutiu com o motorista.

Em um vídeo postado em suas redes sociais, a funkeira fez um desabafo para manifestar sua indignação com o ocorrido. Entretanto, a publicação foi apagada pelos administradores da rede social.

“Eu não quero prejudicar ninguém, mas não quero ser prejudicada também. O que eu não aceito é que eu seja humilhada e me cale. A gente não pode ter medo de denunciar. Senão, vão continuar reprimindo a gente”, afirmou.

Amanda foi à polícia fazer um boletim de ocorrência e contou que pretende dar prosseguimento ao caso na Justiça.

Em nota, a Uber informou que “não tolera qualquer forma de discriminação em viagens realizadas em sua plataforma”. Ainda de acordo com a Uber, o motorista foi banido e a empresa diz estar à disposição das autoridades.

“A Uber defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e justiça para todas as pessoas LGBTQIA+”.