O funeral de Vittorio Emanuele de Savoia, filho do último rei da Itália, falecido no sábado (3), aos 86 anos, será em 10 de fevereiro, na Basílica de Superga, perto de Turim, no norte da Itália, informou o canal de televisão religioso Tv2000.

“O funeral de Vittorio Emanuele será no sábado [10 de fevereiro] às 15h [11h em Brasília] e ele será sepultado na colina de Turim, na basílica que os Savoia dedicaram à Virgem das Graças”, informou na rede social X a emissora, propriedade da conferência episcopal italiana.

A maioria dos membros da família Savoia está sepultada nesta basílica.

Vittorio Emanuele morreu ontem (3), em Genebra, após um longo exílio.

Nascido em 12 de fevereiro de 1937, em Nápoles, Vittorio Emanuele de Savoia, foi o patriarca da Casa dos Savoia, que reinou na Itália unificada de 1861 a 1946, e filho do último monarca, Umberto II, que ocupou o trono entre maio e junho de 1946, quando a Itália se tornou uma República.

O aristocrata deixou o país aos nove anos, desterrado junto com todos os descendentes homens da casa real pela Constituição de 1946, como sanção pela colaboração de seu avô, Vittorio Emanuele III, com o regime fascista e pela assinatura de duas leis raciais.

Retornou ao país em dezembro de 2002, após o levantamento do exílio votado pelo Parlamento italiano. Para obtê-lo, teve de jurar lealdade à República, gesto que rejeitou durante muito tempo.

A vida do príncipe foi marcada por escândalos e polêmicas.

Em 1978, foi acusado de matar a tiros o jovem turista alemão Dirk Hamer, no sul da Córsega. Após um longo processo, o príncipe, que alegou inocência, foi absolvido em 1991.

A Netflix narra esse acontecimento na série “O príncipe que nunca foi rei”, exibida na plataforma desde julho de 2023.

Em 2006, ele se viu envolvido em um caso de proxenetismo e caça-níqueis que lhe custou uma semana de prisão e um mês de prisão domiciliar.

O monarca se casou em 1970, em uma união civil, com a herdeira de uma rica família de industriais suíços de origem italiana, Marina Recolfi-Doria, campeã de esqui aquático.

Como Umberto II era contrário ao casamento, a cerimônia religiosa foi realizada um ano depois, em privacidade, e tendo o xá do Irã como testemunha.

ljm/ber/bc/es/eg/tt