19/09/2019 - 16:51
Os programas do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária “salvaram 32 milhões de vidas” desde 2002, mas ainda existem “desafios colossais”, segundo o informe anual da organização publicado nesta quinta-feira (19).
O informe “mostra claramente as razões pelas quais devemos acelerar o movimento”, afirmou o diretor-executivo do Fundo, Peter Sands, na introdução do texto.
Em 2018, nos países onde o Fundo investe, 18,9 milhões de pessoas estavam sob tratamento antirretroviral contra o HIV, 5,3 milhões de pessoas eram tratadas para tuberculose e 131 milhões de mosquiteiros foram distribuídos para proteger da malária.
Apesar disso, “novas ameaças” comprometem o objetivo internacional de acabar com as três epidemias até 2030.
A primeira delas é a “estagnação dos financiamentos”, segundo o Fundo Global, que cita também “a resistência aos medicamentos e aos inseticidas”.
Sands pediu uma “colaboração e cooperação ainda maiores”.
O Fundo Mundial é fruto de uma colaboração entre Estados, organizações, o setor privado e doentes. Conta com um orçamento de quase quatro bilhões de dólares anuais, cobertos em 95% pelas autoridades públicas.
A próxima conferência de reconstituição de fundos será realizada em 9 e 10 de outubro em Lyon (França).
O objetivo de financiamento para o período 2020-2022 é alcançar 14 bilhões de dólares, um montante considerado insuficiente pelas ONGs.