A Audi promete movimentar a Fórmula 1 com a sua entrada no palco principal do automobilismo a partir de 2026. A escuderia alemã confirmou que a Autoridade de Investimento do Catar (QIA), fundo soberano do Estado do Catar, adquiriu uma participação minoritária significativa de suas ações. Com esse acerto, é esperado uma injeção de capital substancial em um trabalho que será realizado a longo prazo e sob muita expectativa.

“Você não consegue construir um futuro apenas salvando dinheiro, precisa investir. E precisamos transformar a companhia, a Audi. Acreditamos que o projeto da Fórmula 1 é parte integral dessa transição da Audi. Temos agora uma visão ampla de tudo, nenhuma decisão ainda foi tomada. A Audi será, com certeza, o nome em destaque na equipe. O futuro, porém, ainda vamos descobrir”, disse Gernot Döllner, CEO da montadora alemã, que está em Lusail, local do próximo Grande Prêmio.

CEO da QIA, Mohammed Al-Sowaidi, também comemorou a aquisição. “A Audi é um parceiro premium de escolha com um rico legado de automobilismo. Como investidor de longa data no Grupo Volkswagen, acreditamos na visão e direção da Audi ao entrar na Fórmula 1 e nosso investimento apoiará a realização desse objetivo”, afirmou.

“A QIA acredita que a Fórmula 1 é um esporte com potencial de investimento significativo inexplorado. A crescente comercialização de esportes profissionais como uma oferta de entretenimento globalmente, e a popularidade cada vez mais global da Fórmula 1, tornou-se uma oportunidade empolgante para o nosso primeiro grande investimento em automobilismo”, completou.

A Audi vem prometendo mudanças significativas já para o próximo ano, tanto que oficializou dois novos pilotos, dentre eles, o brasileiro Gabriel Borboleta, que terá sua primeira experiência na Fórmula 1. Ao seu lado estará o veterano Nico Hulkenberg, que deixará a Haas ao final da temporada.

As escolhas já tiveram o dedo de Mattia Binotto, ex-chefe de equipe da Ferrari. Na Kick Sauber, como é chamada a escuderia atualmente, ingressou como diretor de operações e diretor técnico. Já Jonathan Wheatley, da Red Bull, será o chefe de equipe. Ele deverá se juntar ao time em meados de 2025.

“Estou extremamente orgulhoso de ter feito parte da jornada da Red Bull Racing nos últimos dezoito anos e partirei com muitas boas lembranças. No entanto, a oportunidade de desempenhar um papel ativo na entrada da Audi na Fórmula 1 como chefe de uma equipe é uma perspectiva excepcionalmente excitante, e estou ansioso pelo desafio. Também estou feliz por trabalhar junto com Mattia, que conheço há muitos anos e que é a pessoa certa para colaborar neste projeto”, disse Wheatley logo depois de sua contratação pela Audi.

Neste ano, a Kick Sauber teve uma temporada frustrante, sendo a única equipe que não pontuou na Fórmula 1, o que forçou uma mudança significativa em sua dupla de pilotos. Guanyu Zhou e Valtteri Bottas ficaram sem assento para 2025.