Após três trocas de comando no bastidores desde 2017, o Milan pode ser vendido mais uma vez, agora para a Investcorp, fundo de investimentos com sede em Manama, capital do Bahrein. A negociação foi confirmada pela Embaixada do Bahrein no Reino Unido, que revelou a oferta de 1,1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,1) feita pelo fundo para comprar o tradicional clube italiano.

“A gerenciadora de ativos do Bahrein, Investcorp, iniciou conversas exclusivas para comprar o Milan, clube da Série A do Campeonato Italiano, por US$ 1,1 bilhão. A Investcorp foi fundada em 1982, oferece um portfólio de investimentos diversificado e verdadeiramente global, além de administrar mais de US$ 42 bilhões em ativos em todo o mundo”, comunicou a Embaixada em publicação nas redes sociais.

O Milan foi controlado por 31 anos pelo ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi, período encerrado em 2017, quando 99,93% do clube foi vendido ao consórcio chinês Rossoneri Sport Investment Lux, comandado por Li Yonghong, que assumiu a presidência milanista. No ano seguinte, o chinês passou o controle ao grupo americano Elliott Management, com o qual possuía uma dívida milionária.

Então, os novos proprietários do clube nomearam Paolo Scaroni como presidente. Scaroni continua no cargo e, na atual temporada, viu o time voltar a brigar pelo título do Campeonato Italiano, vencido pela última vez em 2011. Mesmo com o cenário positivo, a Elliot está aberta a negociações de venda, pois assumiu o clube como pagamento de uma dívida e conseguiu valorizar a imagem rossonera após um processo de reestruturação.

De acordo com a imprensa italiana, a Investcorp tem planos de seguir a mesma linha de trabalho feita pela Elliot até o momento, inclusive com a manutenção de dirigentes, como o ex-zagueiro Paolo Maldini, atual diretor técnico. O jornal ‘La Gazetta dello Sport’ relatou que o fundo tem grandes ambições e pretende colocar o Milan novamente como protagonista na Liga dos Campeões.