Fundação Gates prevê gastar US$ 200 bi antes de fechar em 2045

Bill Gates anunciou nesta quinta-feira(8) que doará grande parte de sua fortuna restante para sua fundação filantrópica, que tem como meta de gastar “mais de US$ 200 bilhões” (R$ 1,14 trilhão) até 2045, quando encerrará seus trabalhos.

“Muita coisa pode acontecer em 20 anos. Quero garantir que o mundo avance nesse período”, explicou o cofundador da Microsoft em uma carta aberta sobre a Fundação Gates, que combate a pobreza e doenças.

Desde sua criação em 2000, a instituição destinou 53,8 bilhões de dólares (308 bilhões de reais) a vários projetos, com foco principalmente em saúde, educação e desenvolvimento.

No início de fevereiro, Gates disse à BBC que já havia doado mais de US$ 100 bilhões (R$573 bilhões) a instituições de caridade, incluindo US$ 60 bilhões para sua fundação.

Segundo a revista Forbes, o restante de sua fortuna chega a aproximadamente US$ 113 bilhões (R$648 bilhões).

A organização de caridade foi fundada por Bill Gates, sua ex-esposa Melinda French Gates e o empresário Warren Buffett, presidente do conglomerado Berkshire Hathaway.

Antes conhecida como Fundação Bill & Melinda Gates, foi renomeada Fundação Gates em 2024, com a saída de Melinda, três anos após o divórcio do casal.

A fundação ajuda a financiar a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite (GPEI) e a Aliança para Vacinas (Gavi).

No final de 2024, o patrimônio líquido da Fundação Gates era de US$ 71,3 bilhões (R$ 409 bilhões). Para 2025, o orçamento foi definido em US$ 8,7 bilhões (R$ 49 bilhões).

Em linha com o trabalho realizado durante seu primeiros 25 anos, Bill Gates estabeleceu três prioridades para seus últimos vinte anos de existência.

O foco será o combate à mortalidade infantil, doenças infecciosas – principalmente poliomielite, dracunculose, sarampo e malária – além de projetos educacionais.

Bill Gates prestou homenagem a Warren Buffett, que “continua sendo o modelo máximo de generosidade”.

“Espero que outras pessoas ricas percebam o quanto podem melhorar a vida das pessoas mais pobres do mundo aumentando suas doações”, observou.

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