A fundação apoiada por Estados Unidos e Israel que opera locais de ajuda na Faixa de Gaza fechou temporariamente suas instalações nesta quarta-feira, 4. O Exército israelense advertiu que as estradas que levam aos centros de distribuição eram “zonas de combate”.
O anúncio da Fundação Humanitária de Gaza foi seguido de uma série de incidentes mortais perto dos locais de distribuição que opera, o que provocou uma forte condenação da ONU (Organização das Nações Unidas).
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Bombardeios israelenses mataram nesta quarta-feira pelo menos 48 pessoas em Gaza, incluindo 14 em um único ataque a uma tenda que abrigava pessoas desalojadas, informou a Defesa Civil do território palestino. As tropas estão em uma ofensiva desde o início de maio.
Gaza sob fogo
Um dia antes, 27 pessoas morreram quando tropas israelenses abriram fogo perto de um local operado pela GHF no sul da região. O Exército informou que o incidente estava sendo investigado.
“Os centros de distribuição permanecerão fechados para reformas, reorganização e melhoria da eficiência”, afirmou a GHF, uma organização com financiamento opaco. Depois, indicaram que retomariam as operações na quinta-feira.
No último fim de semana, 31 pessoas morreram no mesmo local e em circunstâncias similares, segundo a Defesa Civil da Faixa de Gaza, um território governado pelo Hamas.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou a perda de vidas, e o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou o que chamou de “crimes de guerra”.