Um dos prédios interditados no entorno do edifício que desabou é comercial, tem 42 salas e se localiza número 132 do Largo do Paiçandu. As telhas se quebraram com o impacto da queda e os últimos três andares do prédio foram queimados pelas chamas.

Quem trabalhava no local foi orientado pela Defesa Civil nesta manhã a retirar papéis, caixas e embalagens. Muitos trabalhadores entraram para retirar o material logo cedo. De acordo com a Defesa Civil, o prédio permanecerá interditado sem data de reabertura. Um segundo edifício, atrás do antigo prédio da Polícia Federal que desabou, também foi interditado e o acesso está barrado.

Síndico há 14 anos do prédio, o contador Élcio Alves Penteado, de 78 anos, explicou que nesta manhã funcionários das salas comerciais retiraram contratos, documentos e títulos a pedido da Defesa Civil, que vai avaliar a situação do imóvel.

Penteado vê com bons olhos a saída obrigatória do prédio, pois teme um desabamento. Ele apontou para a reportagem parte da parede rachada no topo do edifício. Mas, de acordo com ele, as rachaduras já estavam no local e não foram provocadas pela queda do edifício vizinho. “Agora, vão cobrir o prédio com placas de madeira. Se ruir, essa placa rachada, cai em cima das madeiras, e não das pessoas”, afirmou. “A nossa apreensão é de que essa placa caísse na cabeça dos inquilinos”.

O contador disse que vai torcer para não chover nos próximos dias, já que, com as telhas quebradas no topo, os buracos no telhado podem molhar as salas comerciais. A expectativa dele é poder retornar ao trabalho na próxima segunda-feira, mas não há qualquer previsão oficial.