ROMA, 01 NOV (ANSA) – Centenas de funcionários de escritórios do Google de todo o mundo protestam nesta quinta-feira (1º) contra os casos de abuso sexual que teriam sido acobertados pela grande da tecnologia. Mais de 200 engenheiras da sociedade organizaram uma marcha, a “Google Walkout For Real Change”, para pedir por mudanças estruturais e protestar contra a má conduta sexual e a falta de transparência da empresa.   

Na última quinta-feira (25), o Google anunciou ter demitido ao menos 48 funcionários nos últimos dois anos por denúncias de assédio sexual. Por outro lado, o jornal americano “The New York Times” disse que a multinacional acobertou três casos de grandes executivos e que teria pago US$ 90 milhões a Andy Rubin, criador do sistema operacional Android, como bonificação pela sua saída.   

Rubin renunciou ao seu cargo em 2014, depois de ter sido acusado por uma mulher de tê-la forçado a praticar sexo oral em um hotel no ano de 2013. No Twitter, a engenheira do Google e uma das organizadoras da marcha, Meredith Whittaker, escreveu que “um funcionário que recebe US$ 15 por hora teria que trabalhar 3 mil anos para fazer os US$ 90 milhões que Andy Rubin recebeu como bonificação por assédio sexual”.   

Essa não é a primeira vez que os funcionários do Google protestam contra a empresa. Recentemente, organizaram uma manifestação contra um projeto de um motor de busca “pré-censurado” para a China e contra uma colaboração com o Pentágono sobre tecnologias que seriam utilizadas para fins bélicos. (ANSA)