Uma funcionária de uma escola em Massaranduba, em Santa Catarina, inventou uma história de que teria sido agredida com um canivete durante uma tentativa de roubo na unidade de ensino na última segunda-feira (17). A Polícia Militar confirmou que, em depoimento, a mulher revelou que forjou o ataque como tentativa de pedir mais segurança nos colégios do município.
De acordo com o relatório do 14º Batalhão de Polícia Militar, a funcionária afirmou que ela e a filha trabalham na escola e ficaram abaladas e assustadas com o ataque a creche em Saudades no começo do mês. A mulher contou que inventou o furto e que ela mesma fez cortes na perna para dar mais veracidade a história.
Segundo o G1, o tenente-coronel Valdeci Oliveira da Silva disse que a Polícia Militar mantém uma rede de segurança escolar, com rondas específicas e visitas em escolas de toda a região. Ele ainda pontuou que inventar uma ocorrência é um crime e não é o melhor caminho para conseguir segurança. “A ação de forjar uma ocorrência para tentar mais segurança nunca vai resultar em algo benéfico. O máximo que vai conseguir é trazer um transtorno para a Polícia Militar e a sociedade”, explicou.
A Secretaria de Estado da Educação (SED) relatou que acompanha o caso e irá “tomar as providências a partir das informações que forem repassadas” pela polícia.
Leandro Lopes de Almeida, delegado responsável pelo caso, disse que os agentes trabalharam para “esclarecer e ter certeza de que o fato não ocorreu”.
Entenda o caso
A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de roubo na Escola de Educação Básica General Rondon. De acordo com a responsável pela denúncia, um homem teria entrado no local para furtar uma bicicleta e ferido a funcionária. A mulher foi achada com cortes superficiais na perna e no abdômen.
No local, os agentes realizaram buscas e, como não encontraram ninguém, entenderam que o suposto criminoso havia fugido pelos fundos da unidade escolar. Porém, as câmeras de segurança do colégio não flagraram a invasão. No depoimento da funcionária, os policiais notaram incoerências no relato, concluindo que não havia acontecido nenhum furto.