Funcionários de uma padaria da Zona Oeste de São Paulo relataram na última sexta-feira (20), um caso de uma mulher humilhando funcionários e outros clientes durante um atendimento. Uma série de vídeos nas redes sociais mostram a advogada Lidiane Biezok ofendendo profissionais e agredindo clientes. A mulher foi presa em flagrante pela Polícia Militar, e liberada horas depois pela Justiça por cumprir prisão domiciliar.

Em contato feito pelo G1, Luane da Silva Lopes, funcionária do estabelecimento, falou com a reportagem e chorou ao lembrar do ocorrido: “Isso dói para todo mundo”. Osvaldo da Silva Santana, outro funcionário do local, também lamentou as agressões. “Ela me chamou de veado, de bicha, de tudo que tinha direito. Para quê essa discriminação? A gente está trabalhando”, disse.

O caso ocorreu no Dia da Consciência Negra em unidade da padaria Dona Deôla. No Instagram, a página da padaria lamentou o episódio, classificando o caso como “repugnante”. Duas vítimas chegaram a registrar boletim de ocorrência contra a agressora no 91º DP, Ceasa. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A advogada também foi procurada pela reportagem. Ela diz que, inicialmente, foi provocada por dois clientes quando estava comendo um sanduíche. Depois, ela alegou sofrer de transtornos psicológicos.

Lidiane admite ter se excedido ao usar termos homofóbicos contra clientes, e completa afirmando não ter nada contra gays e negou que tenha utilizado termos racistas contra os funcionários da padaria.

“Eu não tive a mínima intenção em ofender ninguém. Eu me senti acuada, me senti uma vítima ali de uma situação que eu não tinha como sair. Fui agressiva e estúpida, mas não tenho nada contra homossexuais. Peço desculpas”, falou a advogada.