Depois da publicação de um sumário muito duro sobre a aprovação do Orçamento de 2021 de forma a atrapalhar o “andamento da máquina pública”, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, concedeu uma entrevista coletiva de forma muito tranquila. “Meu tom pode ser mais suave, mas minhas palavras são as mesmas do sumário”, comparou ele quando questionado por um jornalista. No documento, o Tesouro chegou a chamar o texto nos moldes em que está no momento como um “retrocesso”.

Para o secretário, no entanto, não houve má-fé por parte dos parlamentares. Em outros momentos da coletiva, ele já tinha atribuído a aprovação inadequada da peça a uma questão de celeridade do processo. “Não acredito em burla, não. Mudanças importantes vêm acontecendo no Congresso”, reforçou, dizendo que a atual composição do Legislativo é a mesma que aprovou a reforma da Previdência e tantos outros projetos importantes para o País. “Acho que o processo em si não ajudou”, repetiu.

Na avaliação de Funchal, o problema está posto e a tarefa agora é encontrar uma solução para a questão. “O problema (do orçamento) não é meu, não é do deputado, é da sociedade”, disse igualmente de forma tranquila. “A questão agora é sentarmos todos juntos e vermos o que é melhor para a sociedade”, continuou. “Nosso trabalho hoje é finalizar a discussão do Orçamento e focar as medidas para a pandemia”, disse no encerramento da entrevista.


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