As limitações cognitivas, emocionais e intelectuais de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, são mais que claras e conhecidas, como também a séria patologia psicossocial que o acomete, sem falar na capacidade ímpar de comunicação gestual com bípedes – sejam emas ou humanos. As imagens que o retratam oferecendo cloroquina às penosas e gargalhadas forçadas após piadas pueris aos bovinos, ambos às portas do Alvorada, entrarão para os mais superlativos anais da infâmia tupiniquim em todos os tempos.

A psicologia freudiana é pródiga em teorizar sobre a existência e função do subconsciente humano – ou, neste caso, do inconsciente, tanto faz -, responsável por, em tese, influenciar nosso comportamento consciente (escolhas e atos do dia a dia). Intuo que o amigão do Queiroz, ao escolher a Disney como paradeiro de refúgio, esteja condicionado pelas sombras que orbitam, no campo da teoria, seu diminuto cérebro, afinal, destino predileto de crianças, adolescentes e, por que não?, aposentados (vovôs e vovós do zap).

Além do mais, Orlando, na Flórida, é lar de personagens que certamente influenciam o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones de chocolate e dinheiro vivo. Donald Trump, por exemplo, proto ditador e ídolo do “mito” brasuca. Ou Ron de Santis, governador anti-vacinas mais aloprado que o próprio devoto da cloroquina brasileiro. E ainda, por último, mas não menos importante, Tico e Teco, os dois simpáticos esquilos que nos lembram os neurônios solitários do ex-capitão.

Ao se debandar para os EUA, Bolsonaro sairá da Presidência pela porta dos fundos, de forma covarde e antidemocrática, perfeitamente em sintonia com o que – e quem – é. Um ditado pejorativo e racista fala em “não cagar na entrada, mas cagar na saída”. Pois bem. O maridão da Micheque (e os 90 mil reais do Queiroz, hein?) “cagou” na entrada, quando no início de seu desgoverno já pregava golpe de Estado, e “caga” agora na saída, deixando de transmitir o cargo e abandonando seus idólatras da terceira idade à própria sorte.

O Brasil jamais teve um presidente tão limitado, tão cruel e tão nocivo assim. Perto de Bolsonaro, Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, assemelha-se a, sei lá, Margaret Thatcher. José Sarney, outro grande desastre nacional, fica parecendo Bill Clinton. E mesmo o presidente eleito, Lula da Silva, o ex-tudo (ex-meliante, ex-condenado, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro), e sua cleptocracia petista parecem menores diante do “conjunto da obra” bolsonarista, que irá levar décadas para ser desfeita – se for!!

As coisas que este “inominável” disse sobre negros, homossexuais, mulheres e nordestinos; as medidas que tomou a favor da propagação do novo coronavírus e, consequentemente, do aumento do número de doentes e de mortos; a forma jocosa, humilhante e cruel com que tratou os familiares e amigos das vítimas fatais da Covid-19; sua pregação golpista que levou à morte, por assassinato, três pessoas durante o período eleitoral; seus ataques diuturnos contra a imprensa, o Congresso, o STF, o TSE, enfim, sua abjeta existência, como um todo, fará parte, como uma cicatriz incurável, do Brasil das próximas décadas.

Os parques temáticos de Orlando apresentam dezenas de personagens de filmes de terror. Hoje, Bolsonaro pode ser considerado um zumbi, um morto-vivo. Durante seu maldito mandato presencial, assemelhou-se a tantos outros: Jack, o estripador; O Monstro de Frankenstein; Freddy Krueger; Chucky, o Boneco Assassino; Jigsaw… são tantos! Assim, emprego para ele é o que não falta na Flórida. Aliás, seu filho, Eduardo Bananinha, queria ser embaixador nos Estados Unidos por já ter fritado hambúrguer em uma rede de fast food americana. Se não vingar como dublê de bicho-papão na Disney, bem que o “mito” podia se tornar “caçador de tornados”. Vai que a gente dá sorte e a ventania o leva embora para sempre do Brasil.