O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) identificou empecilhos nas estruturas de dados que representam desafios para aprimoramento dos pagamentos transfronteiriços, em relatório publicado nesta segunda-feira, 25. O documento destaca a fragmentação nos quadros de dados como o principal contribuinte para o aumento dos custos e a incapacidade de automatizar os pagamentos transfronteiriços.

O FSB, que é um órgão internacional que monitora e faz recomendações sobre o sistema financeiro global, informou que, até o início de 2024, desenvolverá recomendações para promover o alinhamento e a interoperabilidade entre quadros de dados que possam ser aplicados aos pagamentos transfronteiriços.

Entre os obstáculos listados, o FSB citou a incerteza entre os prestadores de pagamentos sobre como equilibrar as diversas obrigações no âmbito dos diferentes quadros de dados, tais como as obrigações relacionadas com a privacidade dos dados e com o combate à lavagem de dinheiro.

Para o FSB, os desafios decorrentes de restrições ao fluxo de dados através das fronteiras podem tornar mais difícil a identificação de fraudes, o cumprimento de obrigações reguladoras, bem como a gestão de riscos em toda a empresa.

Para o conselho, um certo grau de fricção nos quadros de dados pode ser uma consequência inevitável e aceitável de regulamentações destinadas a preservar a segurança das transações e cumprir com os objetivos de proteger a privacidade dos cidadãos.

“No entanto, a extensão da fragmentação nos quadros de dados entre jurisdições foi considerada um dos principais contribuintes para o aumento dos custos e a incapacidade de automatizar os pagamentos”, nota o órgão.

O FSB está em busca de uma solução para estas questões e desenvolve recomendações para promover o alinhamento e a interoperabilidade entre quadros de dados aplicáveis. Com esse propósito, o conselho disse que acatará sugestões sobre o tema até 20 de outubro de 2023 para fsb@fsb.org, sob o título “Quadros de dados”.