A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 24, voltou a destacar que, no cenário básico de inflação do colegiado, “permanecem fatores de risco em ambas as direções”, ou seja, de alta e de baixa. Assim como registrado no comunicado da quarta-feira passada, quando o Copom reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,00% para 5,50% ao ano, o colegiado afirmou na ata que, “por um lado, o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado”.

Por outro lado, o BC pontuou que “uma eventual frustração em relação à continuidade das reformas e à perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”.

Além disso, a instituição afirmou que este risco ligado às reformas “se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes”.

Estas ponderações em relação aos riscos para a inflação guardam algumas alterações pontuais em relação ao registrado pelo BC na ata do encontro anterior do Copom, no fim de julho. Na ocasião, a autarquia havia registrado que o risco ligado às reformas se intensifica “no caso de reversão do cenário benigno para economias emergentes”. Agora, a citação é quanto à “deterioração do cenário externo” para emergentes.

Outra mudança é que, no comunicado da semana passada e na ata desta terça, o BC retirou a avaliação de que o risco ligado às reformas “ainda é preponderante”. Esta ideia constou na ata do encontro anterior. A exclusão ocorre após a aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias