A pandemia do novo coronavírus mudou o calendário de muitos eventos esportivos e um dos mais tradicionais do mundo não teve destino diferente. A Volta da França, a competição mais importante do ciclismo de rua, estava originalmente marcada para começar em 27 de junho, mas foi adiada para 29 de agosto por conta das medidas restritivas adotadas pelo governo francês e autoridades de saúde.

Por conta disso, o ciclista britânico Chris Froome acredita que a grande preocupação da organização da Volta da França será controlar as multidões de espectadores, mesmo se a corrida for disputada sem público. “Claro que é possível organizar a corrida sem pessoas nas ruas. Quero dizer, seria uma corrida focada na transmissão pela televisão”, declarou o quatro vezes campeão da competição em uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

“Não veremos as mesmas cenas, como quando (os ciclistas) atravessam túneis de pessoas em todos os lugares, mas talvez esta seja a versão da corrida que precisamos ver este ano. Não sei”, declarou Froome. “Acredito que a grande questão é saber se a organização será capaz de evitar que as pessoas se reúnam em grandes multidões. Essa é a grande questão”, completou.

O governo francês anunciou na semana passada que nenhum evento com aglomeração de pessoas poderá ser realizado até setembro – fato que até gerou o encerramento do Campeonato Francês de futebol -, mas esclareceu que a Volta da França poderá manter as suas datas se souber gerir as primeiras etapas disputadas em agosto.

Chris Froome, de 35 anos, não participou da Volta da França na temporada passada devido a uma grave lesão sofrida ao cair da bicicleta durante um treino. “Venho de uma grave lesão. Em alguns dias em pedalo por até seis horas na bicicleta ergométrica”, informou. “A maior parte do meu treino foi dentro de casa, então não pude me preparar tanto durante este período de confinamento”, concluiu o campeão.