Frio mata mais duas crianças palestinas em Gaza

ROMA, 12 DEZ (ANSA) – Mais duas crianças palestinas morreram nesta sexta-feira (12) de frio na Faixa de Gaza. As vítimas, um bebê com menos de um ano, e um menino de 9 anos, estavam em campos de refugiados, informou a agência Wafa.   

O primeiro caso ocorreu na manhã de hoje em Al-Shati, após a passagem da tempestade Byron, que tem causado alagamentos e feito a temperatura despencar no enclave desde quinta-feira (11). Ontem, uma menina de 8 meses também faleceu de hipotermia no campo de refugiados em Khan Yunis devido ao fenômeno climático.   

Já o menino, identificado como Hadeel Al-Masri, vivia em um refúgio para deslocados a oeste de Gaza.   

A Wafa acrescentou que as chuvas torrenciais e o frio extremo em território palestino mataram ao menos 13 civis em 24 horas.   

A Defesa Civil e as equipes de resgate relataram a morte de seis pessoas no desabamento de uma casa na área de Bir al-Naaja, no norte de Gaza devido às inundações, que derrubaram um muro na Cidade de Gaza, matando outras duas, e uma outra, pelo mesmo motivo, em Al-Shati.   

A tempestade também contribuiu para a queda de um prédio, deixando uma vítima. Socorristas realizam buscas nos escombros por desaparecidos.   

De acordo com comunicado da Organização Internacional para as Migrações (OIM), os alagamentos causados pela tempestade Byron colocam em risco cerca de 795 mil palestinos no enclave.   

“O povo de Gaza vive com perdas e medo há muito tempo. Agora, após a tempestade que atingiu a costa [de Gaza] ontem, as famílias estão tentando proteger seus filhos com o que têm. Elas merecem mais do que essa incerteza: merecem segurança”, declarou a diretora-geral da OIM, Amy Pope.   

Ela destacou que “o acesso imediato e irrestrito é essencial para que ferramentas e suprimentos cheguem àqueles que estão fazendo tudo o que podem para manter suas vidas em ordem nessas condições extremamente difíceis.” Segundo denúncia da OIM, “ferramentas básicas, sacos de areia e bombas d’água, bem como outros materiais de construção, continuam com as entregas atrasadas devido às restrições de acesso [a Gaza] de longa data”, acrescentando que “esses materiais são cruciais para reparar e reforçar abrigos contra as chuvas contínuas e mitigar inundações nos locais”. (ANSA).